​Professor da UFSM participou de maratona representando o Instituto Unidos pela Vida

Instituto Unidos pela Vida - 17/06/2015 10:07

Captura de Tela 2015-06-17 às 10.01.11O professor Sérgio Dias da Silva, do Departamento de Ecologia e Evolução do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) da UFSM, integrou a Equipe de Fibra do Instituto Unidos pela Vida na 32ª Maratona de Porto Alegre, correndo na modalidade revezamento de quarteto misto.

Esta organização dedica-se a divulgar a atividade física em portadores da Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, e, através do projeto Equipe de Fibra, estimula a prática da atividade física. A FC é uma doença genética caracterizada por produção de muco espesso. Causa pneumonia de repetição, tosse crônica, desnutrição, dificuldade para ganhar peso e estatura, movimentos intestinais anormais, pólipos nasais, suor mais salgado que o normal. A Fibrose Cística é rara e estima-se que 1 em cada 10 mil brasileiros possui a doença.

Ainda sem cura, a FC pode ser identificada através do teste do pezinho e posteriormente confirmada por Teste de Suor e outros exames. O diagnóstico precoce é muito importante, pois o tratamento precoce melhora a qualidade de vida do paciente. A produção de muco espesso pode causar dificuldades para respirar, tosse e infecções de repetição. No sistema digestório, o muco impede que todas as enzimas necessárias à digestão cheguem ao intestino, podendo assim desencadear desnutrição. Quanto ao sistema reprodutor, pode diminuir a fertilidade nas mulheres e pode reduzir os espermatozoides férteis nos homens, sem contudo causar infertilidade.

Pessoas com Fibrose Cística podem ter uma vida praticamente normal dentro dos seus limites, desde que aderindo ao tratamento. Para isso, é importante que o diagnóstico seja realizado ainda cedo. Infelizmente, por falta de uma diagnose correta, somente cerca de 4 mil pacientes recebem o devido tratamento em nosso país. A atividade física é fundamental para uma melhoria no quadro clínico e na qualidade de vida dos pacientes com FC.

De acordo com a psicóloga Verônica Stasiak Bednarczuk, portadora da doença, diretora e fundadora da ONG Unidos pela Vida, é importante que as pessoas saibam o que é a doença, procurem ajuda e possam usufruir do tratamento adequado com melhora em sua qualidade de vida.

Equipe de Fibra

Um dos projetos do Instituto Unidos Pela Vida é a Equipe de Fibra, o qual tem por objetivo encorajar a prática do esporte entre os pacientes de FC.

A Equipe de Fibra é coordenada por Cristiano Silveira, pai de um menino com a doença. Esta pretende contribuir para a melhora na qualidade de vida dos familiares e pessoas com FC através do incentivo e participação de provas de corrida ao redor do país e também disseminar informações adequadas através de palestras sobre atividade física na FC. Para estimular o filho a praticar atividade física, Cristiano percebeu que, se o exemplo não partisse dele, jamais poderia cobrar o comportamento do filho. Foi então que iniciou a Equipe de Fibra, a qual hoje conta com mais de 300 atletas pelo país, entre familiares, amigos e pessoas com FC.

O professor Sérgio conhecia a doença dos tempos das disciplinas de genética quando cursava biologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porém, só recentemente, ao saber que seu colega de faculdade Cristiano Silveira tem um filho com a doença, resolveu se juntar ao grupo e pretende, daqui por diante, sempre que possível, participar de corridas pelo Brasil para ajudar a Equipe de Fibra a divulgar a doença. No último domingo integraram a equipe atletas de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Interessados da região de Santa Maria e arredores que queiram conhecer mais sobre a Equipe de Fibra, participando e apoiando os projetos do Instituto Unidos pela Vida podem acessar o site, email contato@unidospelavida.org.br ou a página no Facebook para mais informações.

Matéria publicada originalmente no site da UFSM.

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