Equipe de Fibra: Alan Philippsen se prepara para os Jogos Mundiais para Transplantados em Newcastle

Comunicação IUPV - 24/07/2019 16:11

Entre 17 e 24 de agosto de 2019, o atleta da Equipe de Fibra, Alan Philippsen, integrará o Time Brasil para Atletas Transplantados e representará o nosso país nos Jogos Mundiais para Transplantados em Newcastle, na Inglaterra. Além dele, outros 19 atletas transplantados e 3 doadores brasileiros irão vestir verde e amarelo e competir por medalhas pelo Brasil. 
Os Jogos Mundiais para Transplantados, evento realizado de dois em dois anos desde 1978, terá a participação de atletas transplantados de coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas, medula óssea e doadores do mundo inteiro. A estimativa é que o Mundial conte com mais de 1.500 atletas vindos de 69 países.
Atleta de Fibra
O Alan será o representante da Equipe de Fibra, projeto que faz parte do programa de incentivo à atividade física do Instituto Unidos pela Vida, no Mundial. Ele foi diagnosticado com Fibrose Cística aos 3 anos de idade e por conta de complicações geradas pela doença, precisou realizar um transplante pulmonar em setembro de 2017.
Em 2018, Alan também integrou o Time Brasil nos IX Jogos Latino-americanos para Atletas Transplantados, evento realizado em Salta, na Argentina. Na ocasião, nosso atleta de fibra conquistou o ouro nos 100 metros, ouro nos 200 metros, prata no revezamento 4×100 (com Renato Costa, João Pedro Campos e Carlos Rezende) e o bronze no 4×400 (com Aderson Barros, João Pedro Campos e Carlos Rezende).
Agora, o objetivo é competir forte por medalhas em Newcastle, divulgar a Fibrose Cística e também a importância da doação de órgãos. De acordo com Alan, a oportunidade de participar de uma competição internacional tão importante será a realização de um sonho.
“Representar a Equipe de Fibra e o Brasil em um evento tão grandioso foi algo que desejei antes mesmo da realização do transplante. Em 15 de setembro completo 2 anos de transplante e competir no Mundial, superar meus limites e realizar meu sonho será uma conquista maior do que qualquer medalha. A prática de esportes, antes e depois do transplante, é algo que faz parte da minha vida e quero mostrar que pessoas com Fibrose Cística e transplantadas podem conquistar tudo que quiserem com muita dedicação e superação”, contou Alan.
De acordo com o coordenador da Equipe de Fibra, Cristiano Silveira, a participação de um atleta com Fibrose Cística e transplantado em uma grande competição como o Mundial servirá para inspirar centenas de pessoas e atuará fortemente na divulgação da doença e da doação de órgãos no Brasil e no mundo.
“Desde 2011 a Equipe de Fibra vem crescendo em vários estados envolvendo pessoas com Fibrose Cística, seus familiares e amigos, mas sempre faltou a presença de um transplantado. No final de 2017, lancei esse desafio em nossas redes sociais e apareceram vários interessados. Três preencheram os requisitos para ir a Salta e foi lindo! Alan se destacou muito e conquistou sua vaga no Mundial. Foi muito mais do que sonhávamos. Pelas características do Alan, confio que ele vai à Newcastle com muita chance de medalha. Os tempos dele nas provas de velocidade são impressionantes! Como fizemos no ano passado, Alan vem para Niterói para uma semana de treinos mais intensos sob orientação do educador físico Bruno Fanticelli que foi nosso assessor técnico na Argentina”, ressaltou Cristiano.
Sobre a Fibrose Cística
A Fibrose Cística é uma doença rara, genética e ainda sem cura, que faz com que toda a secreção do organismo fique mais espessa que o normal, dificultando sua eliminação. O Teste do Pezinho atua na triagem da doença e o diagnóstico é feito por meio do Teste do Suor.
Os principais sintomas da Fibrose Cística são as pneumonias de repetição, suor mais salgado que o normal, tosse crônica, diarreia, pólipos nasais e dificuldade para ganhar peso e estatura. O tratamento geralmente inclui o uso de medicamentos, vitaminas, enzimas, realização de inalações, fisioterapia respiratória, atividades físicas e dieta hipercalórica.
Sobre o Unidos pela Vida
O Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em 2011 com sede em Curitiba e atuação nacional. O Instituto trabalha para fortalecer e desenvolver o ecossistema da Fibrose Cística por meio de ações que impactem na melhora da qualidade de vida dos pacientes, familiares e demais interessados.
O Unidos pela Vida desenvolve nacionalmente projetos focados em cinco grandes eixos: comunicação e suporte, educação e pesquisa, incentivo à atividade física, desenvolvimento organizacional e políticas públicas. Em 2018, entrou para a lista das 100 Melhores ONGs do Brasil, e, dentre elas, foi eleita como a Melhor ONG de Pequeno Porte do país. Para conhecer mais, acesse unidospelavida.org.br.
Por Kamila Vintureli
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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