Depoimento | Mãe Gabriela Correia

Instituto Unidos pela Vida - 05/06/2014 21:51

Mae“Nunca imaginamos ter filhos com Fibrose Cística. Se não fosse pelo Teste do Pezinho, quando eu soubesse, talvez fosse tarde demais para lhes garantir a biografia que eles já escreveram. Sou Gabriela Correira, de Aracaju-SE e mãe de João Paulo e Maria Teresa. 

Sem o Teste do Pezinho, restaria a incerteza das alegrias que eles vivem hoje, ao lado da família e de seus tantos amigos; talvez eles não fossem, aos 6 anos de idade, cheios de histórias para contar — aventuras em excursões, descobertas de prazeres gastronômicos, criações e gostos artísticos, afetos especiais, opinião sobre qualquer coisa a sua volta. 

Graças à Triagem Neonatal, eu soube, aos 45 dias de vida dos meus gêmeos, que eles tinham Fibrose Cística. Nessa época, descobri que a Fibrose Cística era uma doença genética grave, mas soube também que um tratamento adequado daria às minhas crianças a possibilidade de uma vida praticamente normal, que têm hoje, sem um internamento, sem uma ocorrência de pneumonia. E o melhor: soube que meus filhos poderiam deixar de ser crianças! Isso porque, ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, a Fibrose Cística não é uma doença que necessariamente mata na infância. Principalmente se houver diagnóstico precoce e tratamento adequado. 

O Teste do Pezinho é, na vida dos meus filhos, o passaporte sem o qual eles perderiam o direito a esta viagem que fazem hoje, que é a vida cotidiana que todos queremos protagonizar.

É possível compreender, por tudo isso, meus dois apelos. O primeiro às mães e aos pais, para que não dispensem o Teste do Pezinho. O segundo, aos médicos, para que não ignorem o resultado do Teste, o que seria roubar de uma criança e de sua família um bem que não se pode mensurar.”

Depoimento enviado para a equipe do Instituto Unidos pela Vida por e-mail por Gabriela Correia, fisioterapeuta, mãe e presidente da INSPIRA – Associação Sergipana de Fibrose Cística.
Este relato tem cunho informativo. Não pretende, em momento algum, substituir ou inferir em quaisquer condutas médicas. Em caso de dúvidas, consulte sua equipe multidisciplinar.

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