Paciente com FC | Edilson Palancio

Instituto Unidos pela Vida - 24/01/2013 09:54

O depoimento de hoje é do Edilson Palancio, 33 anos. Ele tem Fibrose Cística e há 8 anos passou pelo transplante pulmonar. Conheça esta bela história de superação e determinação!
Obrigada por compartilhar conosco sua história, Edilson! Muita saúde para você!
(Foto: Arquivo Pessoal / Edilson antes do Transplante)
“Oi turma! Me chamo Edilson Palancio, tenho 33 anos e tenho fibrose cística. Há oito anos eu passei por um transplante pulmonar que mudou minha vida.
Atualmente não tenho mais que fazer inalações, nem uso vários dos remédios relacionados ao tratamento da FC. E, o principal, não sinto mais falta de ar.
Mas nem sempre foi assim. Antes do transplante eu tinha infecções pulmonares constantes, que me acompanharam desde a infância, e que foram se agravando ao longo dos anos.
Na época em que eu comecei a tratar no Instituto das Crianças – HC SP, os remédios FC eram poucos, raros até. Até a minha adolescência eu tive muitas internações. Internações de rotina mesmo. Porém, quando já estava com 17 anos, comecei a apresentar hemoptise e bronquiectasias, a apresentar uma secreção cada vez mais espessa debilitando muito meus pulmões e piorando meu quadro de saúde.
Na mesma época também fiz uma gastrostomia para ganhar peso. Também comecei a usar oxigênio domiciliar para dormir e assim evitar um esforço maior do coração durante a noite com a diminuição da saturação. Nessa época apareceram remédios mais fortes para tratar FC, como Pulmozyne e Colistin, e tinha a fisioterapia que minha mãe e eu fazíamos para tirar secreção, mas esse trabalho parecia a cada dia mais difícil.

Eu já havia ouvido falar em transplante de pulmão quando era mais novo, mas nunca me falaram abertamente sobre isso. Foi então que minha médica falou comigo que, em função do meu quadro bastante avançado, eu deveria me preparar para fazer o transplante.
Depois de algumas internações bem graves, fui encaminhado para realizar o transplante pulmonar bilateral no Incor – SP. Em 2002 o Incor não fazia ainda o transplante bilateral, mas o programa ia começar a fazer, para ajudar vários pacientes em lista.
Passei cerca de dois anos na espera pelo transplante, e no dia 20 de outubro de 2004 fui chamado para realizar a cirurgia, e desde
então minha vida mudou completamente. 
Depois do transplante só tive internações por complicações mais simples como sinusites.
Depois de transplantado eu me formei em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, fui a vários shows de rock que tanto queria, viajei para vários lugares, trabalho como redator, e me sinto muito bem.
Hoje tomo remédios contra rejeição, tomo as enzimas pancreáticas, tomo vitamina, e alguns outros remédios. Mas a vida mudou muito, e aos poucos quero contar estas etapas para todos vocês.
Abraços, até a próxima!”

 (Foto: Arquivo Pessoal / Edilson após o transplante)

Depoimento enviado para a equipe do Instituto Unidos pela Vida por e-mail por Edilson Palancio.
Este relato tem cunho informativo. Não pretende, em momento algum, substituir ou inferir em quaisquer condutas médicas. Em caso de dúvidas, consulte sua equipe multidisciplinar.

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