Em família: O amor pela FC que se tornou profissão!

Instituto Unidos pela Vida - 19/07/2016 00:41
Na semana passada recebemos um depoimento muito entusiasmado. Miquéias Lopes-Pacheco tem um irmão com Fibrose Cística, e isso o levou a tornar-se um dos profissionais da saúde que se dedica aos estudos dentro da área. Biomédico especialista em farmacologia clínica, o Doutor atualmente encontra-se na Universidade Federal do Rio Janeiro, defendeu sua tese com tema sobre tratamentos personalizados para pacientes com Fibrose Cística!
Miquéias e seu irmão, Nilo.

Nilo (irmão) e Miquéias.

“Bem, minha história com a FC começou quando eu tinha 13 anos. Estávamos eu e meus irmãos passando as férias de dezembro na casa de meu pai em BH. Meu irmão mais novo, que na época tinha 6 anos, já havia passado por diversos médicos por apresentar suor extremamente salgado, pneumonias recorrentes, esteatorréia, mas nenhum dos médico chegava a um diagnóstico. Foi então que fomos a uma médica que tinha feito residência em Pneumologia Pediátrica com o Dr. Francisco Reis e, finalmente, surgiu uma luz no fim do túnel. Após o diagnóstico pelo teste do suor, meu irmão começou os tratamentos. Contudo, eu em minha adolescência e, de certa forma, inocência, ainda entendia pouco sobre a doença.
Os anos se passaram e então ingressei na faculdade de Biomedicina. Foi só no quinto período da faculdade que surgiu o meu desejo, e amor, por estudar a FC. Neste período, tive a matéria de Genética Básica e a professora (queridíssima Verinha) solicitou que cada grupo falasse sobre uma doença genética. Eu, mais que depressa, escolhi a FC. Enquanto estudava e buscava informações sobre a doença, junto com minha dupla Waldilene, fui criando um interesse ainda maior e pensando “eu quero ajudar esses pacientes como biomédico”.  O trabalho foi um sucesso e a professora ficou bem satisfeita com o resultado.
Nos últimos períodos da faculdade, eu decidi que queria ingressar na carreira acadêmica e comecei a pesquisar grupos que trabalhavassem com FC. Foi então que vim para a UFRJ conversar com o professor Marcelo Morales. Logo em seguida comecei a participar do seu grupo de pesquisa.
Demorou até eu chegar ao Doutorado para realizar meu sonho: trabalhar com FC. Então, fui pra Johns Hopkins University, onde cursei 18 meses de meu Doutorado (supervisionado pelo Dr. William Guggino). Em março deste ano defendi minha tese sobre tratamentos personalizados para pacientes com Fibrose Cística. Sei das dificuldades de trabalhar com uma doença rara, mas amo o que faço e tenho certeza que sempre darei meu melhor em busca de tratamentos mais eficientes (e quem sabe, a cura) para a FC.”
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.
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