O poder científico do amor, de amar e de ser amado

Instituto Unidos pela Vida - 12/06/2015 15:16

Hoje, 12 de Junho, é celebrado no Brasil o Dia dos Namorados. Dia de comemorar o amor, agradecer quem nos ama e amar que escolhemos pra passar a vida ao nosso lado.

E isso vale também para quem é solteiro! Não falamos somente do amor entre casais. Falamos do amor em sua forma mais sublime, cujo poder é imensurável.

O amor diminui a tristeza, faz o coração transbordar de alegria, dá sentido à vida, entre muitos outros benefícios. Pode ser amor de mãe, de pai, de irmãos, de marido e mulher, de companheiros, enfim… Sendo amor, é bem-vindo e muito lindo!

Mas, o que muitos ainda não sabem (mas provavelmente sentem), é que a ciência tem tentado explicar o poder do amor na vida de pessoas com diferentes patologias.

Se fosse possível definir o amor em sua magnitude e beleza, quem sabe a sentença de Gandhi seja uma das que mais reflete seu significado verdadeiro: “O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente, que há no mundo”. No mesmo sentido, pensando em sua ausência, Madre Teresa de Calcutá declarou que “a falta de amor é a maior de todas as pobrezas’.

Snyder e Lopez (2009) revelam que o amor pode ser definido como a valorização de relacionamentos íntimos com outros, especialmente aqueles nos quais há solidariedade e cuidados mútuos.

Apesar da dificuldade compreensível de buscar conceitos que abranjam a complexidade do que é o amor e ser amado, todas as pessoas, independente de qualquer fator – seja cultural, filosofia, religião ou condição financeira – tem a capacidade de vivenciá-lo em sua trajetória de vida. O amor, em todas as suas manifestações, seja por crianças, por pais, por amigos, por parceiros, dá profundidade aos relacionamentos humanos. Quando vivenciado com intensidade, faz com que as pessoas ampliem sua percepção de si, do outro e do mundo (SNYDER; LOPEZ, 2009).

Alguns livros também tentam traduzir o poder do amor em nossas vidas. Em 2000, um dos mais prestigiados cardiologistas brasileiros, Dr. Marco Aurélio Dias da Silva publicou “Quem ama não adoece”, e já nas primeiras páginas revela que seu interesse por estudar esta temática começou a despertar quando percebeu que aqueles que traziam dentro de si a capacidade de amar eram pessoas felizes, e estas não adoeciam gravemente.

Outro livro interessante que discute o tema é “Amor e Sobrevivência”, de Dean Ornish M.D, que fala sobre a base científica para o poder curativo da intimidade. O livro tem como base uma ideia simples, que diz que nossa sobrevivência depende do poder curativo do amor, da intimidade e dos relacionamentos. Fisicamente. Emocionalmente. Espiritualmente. Como indivíduos. Como comunidades. Com um pais. Como uma cultura. Talvez até mesmo como uma espécie.

O amor é um sentimento grandioso. Ele não só nos deixa mais felizes, como também contribui para a nossa saúde. Feliz de quem ama e de quem é amado.

E, para pessoas como nós que convivem com a Fibrose Cística diariamente, é maravilhoso poder contar com o cuidado amoroso de nossa família, com o carinho incondicional de nossos parceiros, com a fidelidade e suporte de nossos amigos. O amor é um dos nossos principais remédios, e, como diria Vitor Hugo, “a maior felicidade é a certeza de sermos amados apesar de ser como somos…”

Portanto, aproveite o dia de hoje para declarar seu amor e gratidão à quem te ama e te cuida todos os dias!

Feliz dia dos namorados, feliz dia do amor!

“A cada dia que vivo, mais me convenço
de que o desperdício da vida está no amor
que não damos,nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”
Carlos Drummond de Andrade

Por Verônica Stasiak Bednarczuk, psicóloga, especialista em análise do comportamento, fundadora e diretora do Instituto Unidos pela Vida. Verônica tem Fibrose Cística e ama muito sua família, seus amigos e seu esposo!

Referências:

Vosgerau, M. Z. S; Indicadores de bem-estar emocional e doenças crônicas: associação da autopercepção da felicidade, amor e bom humor à condição de saúde de adultos e idosos de Matinhos, Paraná; Universidade Estadual de Londrina; 2012.

Silva, M. A. D. S; Quem ama não adoece; Editora Best Seller; 2000.

Ornish, Dean; Amor e Sobrevivência; Editora Rocco; 1999.

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