Cuidados contra a covid-19 devem ser mantidos mesmo com o avanço da vacinação
Comunicação IUPV - 25/01/2022 07:15As festas e viagens de final de ano fizeram o número de casos de pessoas com covid-19 aumentar em todo o país. Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) mostram que a média móvel de diagnósticos subiu mais de 700% nas primeiras semanas de 2022. Apesar de mais de 162 milhões de brasileiros já estarem imunizados com pelo menos uma dose da vacina contra a doença, os cuidados devem ser mantidos, principalmente por conta do surgimento da variante ômicron.
Para falar sobre essa nova variante e as medidas de proteção que precisamos seguir nessa nova etapa da pandemia, o time do Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística conversou com a bióloga Dra Cláudia Bica. Confira as perguntas e respostas sobre o tema abaixo:
A nova variante é mais contagiosa?
A ômicron, nova variante do vírus SARS-CoV-2, é altamente contagiosa e transmitida com uma facilidade muito grande. Felizmente, por conta do avanço da vacinação em nosso país, ela está encontrando um grande número de pessoas já imunizadas e que, na maioria dos casos, estão apresentando sintomas mais leves. Neste cenário, muitos indivíduos não estão chegando nem a apresentar sinais de contaminação por conta da proteção adquirida no momento da vacinação. Porém, é importante lembrar que, mesmo que os sintomas sejam mais brandos ou nem mesmo apareçam, essas pessoas seguem transmitindo a doença e, após diagnosticadas, devem optar pelo isolamento físico para evitar que outras se contaminem. A transmissibilidade da ômicron se dá em até 48 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas e há uma nova orientação do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para que o isolamento seja feito por pelo menos cinco dias, com a possibilidade de períodos maiores dependendo da situação.
Os cuidados para evitar a contaminação neste momento da pandemia seguem os mesmos?
Sim. As medidas de proteção contra a covid-19 são as mesmas e nunca mudaram, mesmo com a redução de casos e aumento no número de pessoas vacinadas. Todos precisam seguir utilizando máscara de proteção adequada, realizando a higienização das mãos com álcool em gel ou lavando com água e sabão por pelo menos 20 segundos, evitando locais fechados ou com aglomeração. A expectativa dos epidemiologistas é que, em breve, aconteça uma nova queda no número de contaminados, mas é apenas uma expectativa. Como esse vírus já encontrou muitas pessoas, a tendência é cair. Mas, há a possibilidade de que, com esse aumento no número de casos, ele possa passar por uma nova mutação e criar uma nova variante, que poderá ser mais ou menos agressiva que a ômicron. Ainda não sabemos plenamente o comportamento desse vírus, por isso, a estratégia de redução do período de vacinação entre uma dose e outra é importante, pois irá garantir que, quando o vírus encontrar o nosso corpo, já estaremos imunizados.
Por conta do alto risco de transmissão da nova variante, quais tipos de máscara devemos utilizar para proteção?
Ao lado da vacina, as máscaras de proteção são nossas grandes aliadas no combate à covid-19. Porém, não é qualquer máscara que pode nos auxiliar nessa missão. Neste momento, recomenda-se a utilização da máscara N95 (PFF2) ou uma opção com tripla camada. Ela deve sempre estar bem ajustada ao rosto e vedar todos os espaços.
Máscaras de tecido ainda são recomendadas?
Neste atual cenário da pandemia, as máscaras de proteção feitas de tecido não são recomendadas. Por não termos informações técnicas sobre a produção, também não temos nenhuma garantia sobre a sua eficácia, ajuste ao rosto e o tempo de utilização adequado. Caso não haja outra opção, recomenda-se que apenas pessoas saudáveis e sem nenhuma comorbidade utilizem máscaras desse tipo, mas ainda assim é preciso garantir que se ajustem muito bem ao rosto e tenham, pelo menos, três camadas. De maneira geral, a melhor escolha é a N95 (PFF2), deixando de utilizar as máscaras feitas de tecido do nosso dia a dia.
Por Kamila Vintureli
Referências:
https://www.conass.org.br/painelconasscovid19/
Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.