Avaliação longitudinal da força muscular de membros superiores em crianças e adolescentes com fibrose cística

Comunicação IUPV - 07/12/2020 06:19

Resumo da pesquisa realizada por Rebeca Ferreira Costa, Rafaella Lima Ferreira Costa, Christine Pereira Gonçalves, Saint Clair dos Santos Gomes Junior, Célia Regina Moutinho de Miranda Chaves e Nelbe Nesi Santana. O artigo fez parte do volume exclusivo sobre fibrose cística da revista Visão Acadêmica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), edição lançada em setembro de 2020 em alusão ao Mês Nacional de Conscientização sobre a Fibrose Cística e que pode ser acessada na íntegra clicando aqui.

A fibrose cística é uma doença autossômica recessiva e multissistêmica. A limitação nas atividades de vida diária pode ocasionar perda de massa muscular esquelética periférica, associada à diminuição progressiva da força muscular. O objetivo deste estudo foi avaliar a força muscular de crianças e adolescentes acometidos pela fibrose cística.

Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva realizado em um centro de referência no Rio de Janeiro. Os pacientes foram acompanhados ao longo de 3 anos. Foram registradas as variáveis sexo, idade e tipo de mutação genética.

A colonização bacteriana foi analisada através do exame do escarro. Para avaliar o estado nutricional, foram utilizados o índice de massa corporal para a idade e a estatura para a idade. O comprometimento da função pulmonar foi avaliado através do percentual do valor previsto alcançado do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1).

A força muscular foi avaliada através da força de preensão manual (FPM), mensurada com o dinamômetro e foram seguidas as normas da American Society of Hand Therapist. Foram avaliados 20 pacientes, com idade média de 11,77±2,80, sendo 40% do sexo masculino. A mutação genética mais encontrada foi a F508del e 40% da amostra era colonizada por Pseudomonas aeruginosa. A média do VEF1 foi de 79,70±19,03% do valor previsto. A FPM, obteve média de 79,29±18,24% do valor predito.

Ao longo de 3 anos, não houve diferença estatisticamente significativa entre as variáveis observadas. Porém, as variáveis apresentaram tendência à queda. Foi possível observar que a FPM, além de ter apresentado valores próximos da normalidade, não obteve diferenças estatisticamente significativas ao longo do período estudado. Na literatura ainda há poucos estudos abordando a força muscular periférica em pacientes com fibrose cística. Além disso, na maior parte das pesquisas existentes, a força muscular se apresenta significativamente menor.

Você pode conferir esse estudo na íntegra e saber mais sobre os pesquisadores clicando aqui.

Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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