Os benefícios dos exercícios físicos para transplantados

Comunicação IUPV - 10/08/2020 08:05

O presente estudo foi realizado pela Liège Pereira Gautério, Educadora Física (CREF-RS 01753) com formação também em Biologia, Fonoaudiologia e Psicopedagogia. A pesquisa foi publicada no Jornal Brasileiro de Transplantes (Volume 21, número 3), na edição correspondente aos meses de julho e agosto de 2018. Clique aqui para acessar o volume na íntegra. Abaixo, trouxemos um trecho do estudo feito pela Liège, que também é atleta transplantada e não tem Fibrose Cística.

Introdução ao estudo

O transplante de órgãos representa sobrevida para pacientes que sofrem com limitações. Geralmente, todos os pacientes transplantados almejam retomar suas atividades após passar por um período de sofrimento físico e psicológico, e o exercício físico tem se mostrado um forte aliado nessa retomada. 

Vários benefícios são observados com a prática de atividade física, dentre eles, prevenção de osteoporose, diabetes e hipertensão; ganho de massa muscular; melhora na qualidade do sono e humor e minimização de efeitos colaterais de imunossupressores. Embora não haja consenso quanto a protocolos de exercícios para transplantados, as vantagens proporcionadas pela prática dos mesmos são observadas de forma que os exercícios sejam estimulados após liberação da equipe médica e com acompanhamento de um profissional de educação física.

Objetivo do estudo

O estudo buscou apresentar o exercício físico como um fator importante na manutenção e promoção da saúde nos transplantados, verificar que tipos de protocolos de exercícios são utilizados e de que forma estes podem atuar na amenização de efeitos colaterais dos medicamentos.

Conclusão 

Os resultados mais observados em relação aos transplantados de pulmão foram: melhora do pico de VO2, adaptações positivas da musculatura esquelética e ao sistema nervoso autônomo, tolerância aos esforços, melhora na qualidade de vida e melhora do perfil inflamatório.

Atualmente, não podemos nos embasar em uma literatura confiável para recomendações de treino, sendo necessários mais estudos na área sobre exercício e transplante pulmonar. Diversos estudos baseados em modelos experimentais em humanos têm demonstrado evidências de que o exercício moderado <60% do VO2 máx com duração <60 min é associado a menores perturbações do sistema imune.

Outro aspecto observado em estudos no que diz respeito ao benefício do exercício para o transplantado foi a melhora da densidade mineral óssea, prevenindo a osteoporose em pacientes transplantados. Sendo assim, embora haja a orientação de que mais estudos sejam realizados para nos assegurarmos quanto a protocolos de treino, foi possível concluir que os benefícios do exercício para o transplantado foram confirmados de forma a encorajá-los para a prática de atividade física.

Clique aqui para conferir a pesquisa na íntegra!

Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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