Fibrose Cística é tema de tese de doutorado e equipe produz cartilha sobre exercícios e fisioterapia

Comunicação IUPV - 25/06/2020 12:22

O Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística compartilha agora um pouco do trabalho incrível realizado pela Fisioterapeuta Adriana Virginia Barros Faiçal. Ela trabalha no Centro de Referência em Fibrose Cística do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos, atualmente faz Doutorado e sua linha de pesquisa é focada na área de reabilitação em Fibrose Cística.

Como parte das atividades desenvolvidas em seu trabalho, Adriana e suas professoras orientadoras produziram uma cartilha ilustrada para crianças que aborda a importância da fisioterapia respiratória e dos exercícios físicos no tratamento para a doença. Clique aqui para conferir o material na íntegra. O Fisioterapeuta Danilo d’ Afonseca, também participou da criação da cartilha.

“Meu primeiro contato com a Fibrose Cística foi há 19 anos, quando estava cursando o último ano da graduação. Foi um breve contato, mas em um contexto que já me chamava a atenção para a necessidade da assistência integrada interdisciplinar. Em meu Doutorado, decidi estudar a Fibrose Cística por perceber que ainda existem muitas lacunas no conhecimento no que se refere ao campo da reabilitação, sobretudo relacionada à inclusão de novas tecnologias em saúde”, afirmou Adriana.

Adriana também trabalha na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal da Bahia, onde realiza atendimentos sistematizados semanais. Adriana afirma que, em ambos os serviços, ela busca, junto com a equipe de trabalho, alinhar suas condutas às melhores evidências científicas disponíveis na literatura, atendendo às famílias e aos pacientes na sua integralidade, agregando conceitos de funcionalidade e cuidados centrados na pessoa.

“A ideia de produzir a cartilha surgiu a partir da necessidade de elevar o protagonismo da criança no processo de cuidado, favorecendo uma maior adesão às práticas e inclusão dos exercícios na sua rotina diária.  Percebo que muitas vezes nos dirigimos ao cuidador e não incluímos a criança no diálogo. A sua participação ativa é de extrema relevância nesse processo e cada vez, que damos “voz” a ela temos um resultado substancial nas nossas condutas. Na cartilha, chamamos à atenção que não apenas a fisioterapia respiratória é importante, mas a prática de atividades físicas e inclusive o cuidado com a saúde mental, no qual abordamos o yoga e a meditação”, ressaltou.

Adriana ainda afirma que inserir estudantes e profissionais da saúde no conceito da Fibrose Cística é um trabalho fundamental e extremamente necessário.

“Na graduação, poucos estudantes têm a possibilidade de conhecer a Fibrose Cística e até de atender pacientes. Extrapolando para o cenário da assistência, percebemos que poucos profissionais têm conhecimentos e habilidades no manejo dos pacientes. Nesse contexto, temos buscado realizar eventos de sensibilização e capacitação com profissionais e estudantes em formação, bem como o apoio da Secretaria Estadual de Saúde para alcançarmos as diversas regiões da Bahia. Estudar a Fibrose Cística e sobretudo assistir pessoas com tal condição, requer de nós além de conhecimentos e habilidades, atitudes de proatividade no sentido de prover as melhores condições técnicas em um ambiente de acolhimento e afeto. Sabemos como muitas vezes são difíceis as circunstâncias e precisamos atuar como facilitadores do processo de cuidado, envolvendo o paciente e a sua família, na adesão ao tratamento e proporcionando ferramentas que melhorem a sua qualidade de vida e saúde”, finalizou Adriana.

Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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