Depoimento – Cintia Garibaldi

Comunicação IUPV - 11/08/2020 07:21

O Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, conversou com uma mãe de fibra incrível e inspiradora, a Cintia Garibaldi. Sua filha, Lívia Maria, tem 8 anos e foi diagnosticada com Fibrose Cística aos 2 meses. Essa família de fibra mora em Fortaleza/CE.

“Tive uma gestação normal e tudo ocorreu bem no nascimento, porém, um dia depois, a médica responsável veio examiná-la e notou que ela estava com o abdômen distendido e disse que a levaria para a UTI. A partir daí uma série de procedimentos para verificar se ela liberava o mecônio foram realizados, mas sem sucesso. Nesse momento chamaram um cirurgião e isso nos deixou nervosos, afinal, ela era tão pequena, uma recém-nascida. Eu não conseguia entender, estava tudo bem confuso e foi tudo muito rápido, mas eu sabia que ela iria vencer tudo aquilo. E assim aconteceu. Ela entrou na sala de cirurgia e a demora foi muito angustiante, mas ela saiu de lá e no fim tudo correu bem”, relembrou.

Enquanto tudo isso acontecia, Cintia e seu marido questionavam os médicos sobre o que poderia ter causado aquela situação, mas os profissionais afirmavam que ainda não havia nada de concreto para informar e que mais exames precisariam ser feitos.

“Quando a Livinha tinha 1 mês e 15 dias, a pediatra nos disse que deveríamos investigar a Fibrose Cística. Fiquei bem assustada pois conhecia muito bem a doença por ter trabalhado com pacientes no Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Mesmo assim seguimos e realizamos o Teste do Suor e exames genéticos. E assim, aos 2 meses de vida, recebemos o diagnóstico e iniciamos de imediato o tratamento”, afirmou Cintia.

Desde o diagnóstico, Lívia realiza seu acompanhamento no Hospital Albert Sabin, Centro de Referência para Fibrose Cística do Ceará. De acordo com Cintia, a equipe médica dá todo o suporte necessário e apoio para que toda a família siga em frente e para que a Lívia tenha cada dia mais saúde e qualidade de vida.

“A rotina da Livinha é intensa, somos exigentes em relação ao tratamento e incentivamos que ela faça sempre todas as etapas recomendadas pelos médicos, mesmo quando ela não quer. Meu esposo é educador físico, então buscamos mantê-la sempre ativa também. Na pandemia causada pela Covid-19 muita coisa está sendo reprogramada, pois antes a Livinha tinha uma semana intensa de aula, fazia karatê, fazia atividade conosco, tinha uma vida normal. Ela é uma criança que faz tudo e muito mais, ela corre pra caramba, é incansável”, afirmou Cintia.

Recentemente a Lívia lançou um canal no Youtube para compartilhar alguns vídeos relacionados a sua rotina. Clique aqui para se inscrever! E para todas as mães e pais de fibra do Brasil, a Cintia deixa uma linda mensagem.

“Sei que nunca será fácil receber o diagnóstico para Fibrose Cística, que no início assusta mesmo, até quem já conhecia a doença como eu, mas é preciso levantar a cabeça e correr para os Centros de Referência como nós fizemos e começar o tratamento imediatamente, pois quanto antes iniciar o tratamento, melhor prognóstico o paciente vai ter. A adesão e a aceitação da doença é muito importante, e mais importante do que isso é a união familiar que faz toda a diferença, pois se essa criança crescer em um ambiente de amor e carinho com certeza vai amenizar toda carga – que não é moleza – que ela tem diariamente com o tratamento”, finalizou Cintia.

Por Kamila Vintureli

Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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