Dia dos Pais de Fibra: Depoimento com Cristiano Silveira
Comunicação IUPV - 09/08/2019 14:45O Dia dos Pais tem um significado extra para mim e para história da nossa equipe. No dia dos pais de 2011 eu corri uma prova de 5 km na orla do Guaíba, em Porto Alegre, usando a camiseta da Associação Gaúcha de Assistência à Mucoviscidose (AGAM) (na época ainda tinha casa lá, embora já estivesse morando no Rio de Janeiro). Era uma manhã fria de domingo e por isso nem a Marise nem as crianças foram lá pra assistir o papai correr. Terminei a prova e fui pra casa a tempo de ver no telejornal local uma matéria sobre a corrida. Estava lá eu, na telinha, vestindo a camiseta da Fibrose Cística.
A gente que trabalha pela divulgação da Fibrose Cística sabe o quanto as vezes é difícil conseguir espaços na mídia e naquele momento eu vi uma oportunidade. Pensei em reunir pessoas com a doença, parentes e amigos em outras corridas e daí até a formação da Equipe de Fibra foi um pulo. Pulo que só foi possível com o impulso do Instituto Unidos pela Vida.
Estava formado um time que me botou também em contato com outros tantos filhos, meninos e meninas que passaram a integrar essa equipe e que eu vi crescendo ao longo desses oito anos.
Em 2015 meu filho Pedro, então com 10 anos, fez sua estreia nas provas correndo 6 km no Rio. Naquele mesmo dia eu corri minha primeira e única maratona. Foi um dia inesquecível pelo esforço dos 42 km e porque uma dessas filhas emprestadas, a Thamiris Sabas e a minha filha Luiza estavam lá para me esperar nos metros finais e cruzar a linha de chegada de mãos dadas comigo. De arrepiar!
Outro episódio desse amor foi em 2017, num sábado, véspera do Dia dos Pais no 6º Encontro sobre Exercícios Físicos na Fibrose Cística promovido pelo Instituto Unidos pela Vida em São Paulo. Lá eu soube da minha filha postiça, Verônica, que ela agora também podia dizer, cheia de orgulho, que era uma atleta de fibra porque estava fazendo CrossFit e se sentindo melhor do que nunca. Nesse dia o Pedro também subiu ao palco para o depoimento dele e no final me fez uma homenagem pública que me desmontou na frente de todo mundo.
São histórias assim que todo o pai quer ter pra contar e que eu gostaria de dividir com vocês. Espero que nesse domingo todos os pais tenham a sorte de dividir momentos assim com seus filhos.
Por último, queria dedicar esse texto a outro pai dedicado que eu tive a felicidade de conhecer nessa jornada. Seu Isaias que mais de uma vez correu junto comigo e com o João que agora não corre, mas voa.
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.