Mês das mães – Entrevista com Danielle Gonçalves
Comunicação IUPV - 30/05/2021 08:56Durante todo o mês de maio o Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, compartilhou uma série de relatos de mães de fibra de todo o Brasil. E para fechar com chave de ouro, entrevistamos a Danielle Gonçalves. Ela mora em Campinas/SP, foi diagnosticada com fibrose cística aos 15 anos de idade e é mãe da Beatriz, de 5 anos e que não tem a doença.
“Antes de receber o meu diagnóstico eu não sabia nada sobre a fibrose cística e só fui entender bem aos 18 anos, quando comecei a ter acesso à Internet e pesquisar bastante sobre o assunto. Desde então, fico antenada em todas as notícias e novas informações que surgem sobre essa doença que faz parte da minha vida.”
De acordo com Danielle, contar com uma rede de apoio que lhe dá suporte em todos os momentos do seu dia a dia, relacionados ou não à fibrose cística, é algo fundamental e que lhe permite viver melhor e com mais qualidade de vida.
“Tenho total apoio da minha família, principalmente quando o assunto é a minha saúde. Em alguns momentos acho que eles até exageram um pouco neste cuidado, uma simples unha encravada já faz com que eles fiquem preocupados, mas eu entendo perfeitamente as razões para essa reação e agradeço por todo o cuidado. Isso me dá mais tranquilidade e me faz seguir em frente e enfrentar todos os desafios que a fibrose cística coloca em meu caminho.”
E foram muitos os desafios que a doença do beijo salgado trouxe para a vida da Danielle. Todos foram vencidos com muita determinação e coragem, mas existe um que ainda persiste.
“Responder as perguntas que minha filha faz sobre a fibrose cística é um desafio grande no meu dia a dia. Ela quer saber os motivos que me fazem ir tanto ao médico, a razão da minha cicatriz cirúrgica no abdômen e porque eu tomo tantos medicamentos. São muitas perguntas vindas de uma criança e que me desafiam todos os dias, mas com todo amor e carinho, dou todas as respostas para que ela entenda, aos poucos, a minha realidade.”
Para finalizar, Danielle compartilhou conosco o que para ela significa ser mãe de fibra e deixou uma mensagem para todas as mães de fibra do Brasil.
“Ser mãe de fibra é poder mostrar ao mundo que, mesmo que com algumas restrições, nós somos muito mais do que as dificuldades colocadas em nossas vidas. É ter a capacidade de mostrar que todas as lutas e batalhas não nos impedem de nada e sempre conseguimos chegar lá, alcançar os nossos objetivos e ser feliz. Sejam felizes, mães de fibra, e lutem por vocês e por seus filhos. Aproveito para agradecer ao Unidos pela Vida pela oportunidade de compartilhar minha história. Isso fez a minha vida engrenar e saber que o Instituto está ao nosso lado, vivendo tudo isso junto conosco, nos faz ter vontade de lutar cada dia mais.”
Por Kamila Vintureli
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.