Depoimento – Fabio Bombonatto

Comunicação IUPV - 04/08/2020 07:00

O Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística compartilha agora uma história de muita força e superação. Conversamos com o Fabio Bombonatto. Ele tem 52 anos, mora em Barra Bonita, no estado de São Paulo e recebeu o diagnóstico para Fibrose Cística aos 2 meses de vida.

“Meu diagnóstico aconteceu na USP de Ribeirão Preto, onde realizo meu acompanhamento até hoje. A dedicação dos meus pais fez toda a diferença na minha vida. Desde que receberam meu diagnóstico, passaram a se dedicar ao máximo ao meu tratamento. O cuidado é tanto que até hoje minha mãe quer me acompanhar nas consultas”, contou Fabio.

Esse guerreiro de fibra concluiu o segundo grau e já trabalhou em várias áreas, como estamparia de camisetas, produção de vídeos e eventos. Hoje em dia, ele trabalha em uma revista onde é responsável pela produção das fotos de capa de cada edição.

“A Fibrose Cística nunca me impediu de fazer nada. Sempre segui meus sonhos e busquei minhas metas de vida, pessoalmente e profissionalmente. Como disse antes, o apoio da minha família sempre foi incondicional. O meu pai tem 83 anos e até hoje, quando não posso faltar ao trabalho, ele pega o carro dele e vai até Botucatu buscar meus medicamentos. São 56 km percorridos sempre que necessário. Para me ajudar com a rotina de exercícios físicos ele chegou até a construir uma piscina em casa, mas confesso que não gosto muito da água. Minha mãe também está sempre do meu lado, me ajudando e apoiando incondicionalmente, principalmente com o tratamento”, contou o bem humorado Fabio.

Com todo esse suporte familiar e garra, Fabio segue até hoje com todas as etapas do tratamento para Fibrose Cística recomendadas pela equipe médica. De acordo com ele, apesar de não vivermos um cenário perfeito, o acesso ao tratamento está muito mais fácil do que já foi há alguns anos.

“Antigamente tínhamos muito mais dificuldade para conseguir as enzimas, por exemplo. Vinha de outro país, pagamos em dólar. Graças a Deus um usineiro aqui da cidade comprava pra gente e não faltava, mas era difícil. Hoje em dia, apesar das dificuldades, vejo que o acesso ficou um pouco mais facilitado. Ainda há muito para avançar, mas precisamos celebrar essas conquistas”, contou.

Equipe de fibra

O Fabio é um atleta da nossa Equipe de Fibra, projeto do Programa de Incentivo à Atividade Física do Unidos pela Vida. Para ele, a prática de exercícios físicos regularmente é um fator essencial em sua vida.

“Hoje eu tenho apenas 38% de capacidade pulmonar, mas consigo caminhar, trabalhar, fazer exercícios físicos. Confesso que correr mais de 15 minutos seguidos talvez não seja algo garantido, mas nesse quesito, mais do que a Fibrose Cística, acredito que a idade já conta bastante. A atividade física é algo fundamental em minha vida. Mesmo com uma capacidade pulmonar reduzida, não tenho dificuldade para fazer atividades, mas quero melhorar mais ainda meu condicionamento físico e estou ganhando peso, coisa que era muito difícil antes”, contou.

Fabio começou a fazer academia e levar a prática da musculação mais a série no final de 2018, quando passou a frequentar o espaço, no mínimo, três vezes por semana.

“Eu já tentei natação e bicicleta, mas me adaptei mesmo na musculação. Confesso que  as vezes bate aquele desanimo, não tenho muita vontade de ir, mas minha namorada, que também é fiscal e companheira de academia, não me deixa faltar. Ela me arrasta pra lá pois sabe da importância das atividades para minha saúde. Ela é minha grande incentivadora, me cobra para participar dos grupos, compartilhar minha história”, afirmou.

“Eu conheci o Instituto Unidos pela Vida quando um amigo meu me marcou em uma das publicações do Instituto nas mídias sociais. A partir daí fiquei mais interessado e passei a acompanhar. Em uma das postagens, conheci o Cristiano Silveira, coordenador da Equipe de Fibra, e a partir de então, passei a fazer parte desse time de fibra!”

“Minha expectativa sempre será termos acesso a melhores medicamentos e a cura finalmente chegar. Mas, enquanto essa não é nossa realidade, espero que todos os pacientes possam realizar um bom acompanhamento nos Centros de Referência espalhados pelo país e contem com a participação e acompanhamento dos seus pais. Isso é muito importante para o nosso desenvolvimento e tranquilidade nessa caminhada”, finalizou Fabio.

Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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