Dia 22 – Jaqueline Tebaldi | #30DiasdeFibra

Comunicação IUPV - 22/09/2019 01:08

Meu nome é Jaqueline Tebaldi, tenho 20 anos, moro na cidade de São Paulo e fui diagnosticada com Fibrose Cística aos 2 anos e 9 meses por meio do Teste do Suor. Desde que nasci comecei a apresentar os sintomas típicos da Fibrose Cística, mas os médicos não conseguiam descobrir o que eu tinha e acabavam realizando diferentes tratamentos para bronquite, asma e anemia, mas nunca funcionavam. Depois de idas e vindas nos hospitais, veio a suspeita da Fibrose Cística. Fui encaminhada para a Santa Casa de São Paulo para poder realizar o Teste do Suor e finalmente fui diagnosticada e comecei a fazer o tratamento. 
Tive uma infância normal como qualquer outra criança, apenas tinha o meu tratamento para ser seguido e, quando era necessário, eu acabava internando. Isso não atrapalhou minha infância e minha mãe nunca me privou de nada por ter nascido com a doença. 
Foi na adolescência que a doença começou a ficar mais grave e fui encaminhada para a fila de transplante em 2013. Fiquei dependente de oxigênio por três anos até realizar o transplante pulmonar bilateral em 18 de junho de 2016. 
“Ter Fibrose Cística faz parte do que eu sou, mas jamais será o limite do que eu posso ser”. Certamente essa frase diz muito sobre mim, mas no meu caso acrescento que ter Fibrose Cística e ser transplantada do pulmão faz parte do que sou, mas jamais será o limite do que eu posso ser. 
Sou extremamente grata por tudo na vida e cada cicatriz que carrego comigo conta um pouquinho sobre cada luta que venci e tenho muito orgulho delas. Mas eu sou muito mais que uma mulher diagnosticada com uma doença crônica. 
Eu sou a Jaqueline Tebaldi, aquela que está tentando descobrir o que quer seguir de profissão, que ama ler e assistir filmes e séries, que ama escutar música alta quando está limpando a casa e que canta todas as letras das músicas mesmo sem saber cantar, que ama comer e cozinhar, que ama estar ao lado da sua família e amigos, que ama conhecer novos lugares mesmo que ainda não tenha conhecido tantos. Que tem muitos desejos e sonhos para realizar nessa vida, que ama praticar esportes e correr, aquela que também tem seus dias ruins como qualquer outra pessoa, mas que acorda todos os dias extremamente grata por apenas estar respirando. 
Ter Fibrose Cística e ser transplantada faz parte do que sou, afinal, mesmo no meio de tanta dor e luta, também teve muito aprendizado. Com apenas 20 anos já vivi e passei por tanta coisa difícil e me considero uma mulher muito forte. 
Talvez a minha vida só esteja começando, tenho tanto pra viver, aprender, explorar novos lugares, construir uma família, realizar tantos sonhos e a cada ano que passa me torno uma pessoa diferente. A zona de conforto é para os fracos, sei que às vezes é muito difícil e a vida acaba sendo muito cruel conosco, mas temos que tirar coisas boas de cada problema vencido. Não fica aí na zona de conforto vendo a vida passar em vão. 
Viva a vida plenamente e extraia dela tudo que puder. Vai e tenta fazer o que dizem ser “impossível”, tenha história pra contar, desafie-se e jamais desista da vida. A vida é a dádiva, eu sou extremamente apaixonada por viver, faça a diferença nesse mundo, viva o extraordinário!
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

Fale conosco