Mateus Godoi: “A doação de órgãos mudou a minha vida”
Comunicação IUPV - 03/07/2018 09:33Mateus Henrique de Godoi tem 18 anos e mora em Matão, cidade pequena do estado de São Paulo. Hoje em dia, trabalha como barbeiro e tem muito orgulho da profissão. Nem todos os dias foram fáceis, mas hoje, respira de maneira mais leve e saudável.
Em 2004, quando tinha 4 anos de idade, foi diagnosticado com uma doença que ele e sua família desconheciam: a Fibrose Cística. Os sintomas que apresentava desde bebê, como cansaço, suor salgado e diarreia, sempre indicaram a presença da doença. Porém, apesar disso, o diagnóstico, alcançado por meio do Teste do Suor, demorou mais do que deveria para chegar.
Apesar de tardio, o diagnóstico representou um recomeço para Mateus e seus familiares. “Até aquele momento, não sabíamos o que causava tudo que eu sentia. Depois que descobrimos, comecei a tratar da maneira correta e fazer o que realmente era necessário para melhorar minha qualidade de vida”.
Com o diagnóstico, Mateus iniciou o tratamento para a Fibrose Cística utilizando medicamentos diariamente, praticando exercícios físicos, consultando seu médico uma vez a cada dois meses e, quando necessário, realizando internações para tomar antibiótico. “Depois disso, fui melhorando e me cuidando melhor. Levando a vida da forma mais normal possível”.
Quando o transplante se fez necessário
Apesar de realizar o tratamento para a doença diariamente, em 2015, a capacidade pulmonar de Mateus foi baixando e as dificuldades para respirar só aumentavam a cada dia. Após realizar diversos exames, ele entrou na lista para a realização do transplante.
Todo esse processo demorou pouco mais de 2 anos e, em 15 de fevereiro de 2018, Mateus finalmente foi chamado, realizou o transplante e sua qualidade de vida melhorou. “Agora minha vida está muito melhor e não sinto mais falta de ar”.
Para seguir o mais saudável possível, Mateus optou por aliar o tratamento diário para a Fibrose Cística com a prática esportiva que mais o agrada: pedalar! Além disso, três vezes por semana, ele vai para a academia e faz atividades aeróbicas e musculação.
Hoje, Mateus agradece todos seus amigos, familiares e profissionais da saúde que estiveram ao seu lado desde o diagnóstico da Fibrose Cística. Além disso, busca todos os dias incentivar a doação de órgãos no Brasil. “Esse ato transformou a minha vida”.
Seja você também um doador de órgãos
De acordo com o Ministério da Saúde, para ser um doador basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador. No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.
Há dois tipos de doador. O primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.
O segundo tipo é o doador falecido. São paciente com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral)
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Fonte: Ministério da Saúde
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.