Dos pequenos prazeres da vida – Por Daiane Marin

Por Daiane Marin, de 27 anos e diagnosticada com fibrose cística nos primeiros meses de vida

Vivemos em um mundo hiperconectado, que todo dia nos assola de informações, compromissos, trabalhos, afazeres, obrigações, e que muitas vezes não nos permite fazer pausas. Já parou para pensar há quanto tempo você não reserva um tempo para fazer algo que lhe faz feliz, que lhe faz bem?

Não vemos o tempo passar, quando percebemos já é final de semana, final de mês, final de ano e ficamos nos perguntamos o que estamos fazendo com esse tempo que passa tão depressa. Estamos reservando um tempo para nós ou apenas seguindo o fluxo de uma rotina corrida que não nos permite apreciar a beleza das pequenas coisas?

Muitas vezes as pessoas só percebem a importância de reservar um tempo para si, para fazer as coisas que lhes fazem bem quando esse tempo já esta acabando ou quando não é mais possível. Isso pode acontecer, por exemplo, quando as pessoas se deparam com um grave problema de saúde, quando sofrem algum acidente, quando há a perda de alguém querido, entre outras situações.

Acredito que nós, que convivemos com um problema de saúde crônico, temos isto a nosso favor. Reconhecemos a fragilidade da vida, sabemos que não somos eternos e que não temos controle total sobre o futuro. Então, que possamos usar isso a nosso favor, que consigamos apreciar os pequenos prazeres da vida, valorizar as pequenas coisas e instantes e cultivar o tempo que temos ao lado daqueles que amamos. Afinal, como já dizia o filósofo romano Sêneca, “apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.”

Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.