Ser avó de fibra – Por Renata de Paula Soares

Comunicação IUPV - 03/08/2022 07:39

Renata de Paula Soares mora em Muriaé, no interior de Minas Gerais, e é avó da Elisa, de dois meses de idade. Elisa foi diagnosticada com fibrose cística aos 23 dias de vida, após indicação no Teste do Pezinho, exame que realiza a triagem da doença, e confirmação no Teste do Suor, padrão ouro para a confirmação da indicação feita na Triagem Neonatal.

Receber a notícia de que a Elisa tem uma doença rara como a fibrose cística não foi um momento fácil para a família, como relembra Renata. “Para mim foi muito difícil. Em um primeiro momento, achei que era realmente o fim, mas depois, com a explicação dos médicos sobre a fibrose cística e como é possível viver bem e com saúde realizando o tratamento, assimilei tudo melhor e iniciamos a nossa luta.”

Início do tratamento

Desde que nasceu, Elisa apresentou muita dificuldade para ganhar peso e estatura, um dos principais sintomas da fibrose cística. Renata afirma que receber o diagnóstico precoce foi fundamental para que o tratamento fosse iniciado rapidamente e sua neta começasse a melhorar cada dia mais. 

“Lembro que ela tomava o leite materno e simplesmente não segurava, tinha muita diarreia, não engordava, só perdia peso. Após a confirmação do diagnóstico e início do tratamento com as enzimas pancreáticas, tudo mudou. Ela começou a engordar e todos os dias vemos a evolução e a melhora da Elisa”, afirmou.

São apenas dois meses vivendo como avó de fibra, mas Renata afirma que já foi tempo suficiente para que toda a família pudesse perceber a importância da adesão ao tratamento na fibrose cística. “Minha neta recebe muito amor e carinho todos os dias e a gente sempre tenta fazer o melhor possível para que ela cresça da melhor forma possível.”

Para finalizar, Renata deixou um recado para todas as famílias de fibra do Brasil. “Sabemos que não é fácil, que é complicado lidar com qualquer coisa que fuja do nosso normal, como receber o diagnóstico para uma doença como a fibrose cística, mas temos que nos dedicar e fazer sempre o nosso melhor para que nossos filhos, netos e amigos vivam bem e com saúde”.

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Por Kamila Vintureli

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