Dia 06 – Amanda Telino | #30DiasdeFibra

Comunicação IUPV - 05/09/2019 15:13

Eu me chamo Amanda Telino e fui diagnosticada com Fibrose Cística aos 23 anos, exatamente um mês antes de me formar em Fisioterapia. Quando isso aconteceu, eu precisei integrar os tratamentos para a doença, como fisioterapia respiratória, nebulização e atividades físicas, na minha rotina diária. Apesar de parecer muita coisa, essas etapas nunca me atrapalharam no trabalho e nunca precisei faltar por causa da Fibrose Cística.
Para ser sincera, a Fibrose Cística nunca afetou de maneira negativa a minha rotina e às vezes eu até esqueço que tenho a doença. Em junho de 2019, eu descobri que estava com B.Cepacia e Pseudomonas aeruginosa. A descoberta me deixou um pouco assustada, mas iniciei o tratamento e tudo estava indo bem até que comecei a piorar. Foi nesse momento que eu percebi que precisava parar um pouco com tudo e cuidar mais de mim. Eu acabava me negligenciando muito e isso afetava minha saúde diretamente. Agora, estou tentando organizar meus horários, diminuir um pouco meu tempo de trabalho para ter mais tempo para mim.
Eu me casei em setembro de 2017 e tenho um relacionamento maravilhoso. Ele nunca viu a Fibrose Cística como algo negativo e sempre me apoiou e me deu forças durante as crises. Sempre viajamos juntos e uma vez ao ano nos programamos para uma viagem. Já saímos do país três vezes e a doença não atrapalhou nenhum dos nossos planos.
Durante a minha adolescência, sempre saí muito. Eu era daquelas bem baladeiras e vivia em festas. Hoje ainda saio, mas com menos frequência por conta da rotina corrida de trabalho e não por causa da Fibrose Cística. Agora, um dos meus maiores sonhos é ser mãe e isso me motiva ainda mais a diminuir minha rotina de trabalho e voltar para a atividade física.
Eu e meus pais somos muito engajados na Associação Pernambucana de Apoio ao Paciente com Fibrose Cística. Na verdade, meus pais são bem mais do que eu e isso também é algo que pretendo mudar, pois quero me envolver mais com tudo. Há algo dentro de mim que me diz que eu preciso me envolver mais e que meu diagnóstico tem um motivo maior que ainda não sei bem qual é, mas que pretendo descobrir logo.
E diante de tudo isso, eu precisei entender que é preciso conhecer nosso corpo. Não adianta querer abraçar o mundo se você não se respeita, então se conheça e se entenda, e principalmente: se respeite. Só assim você terá forças e condições para lutar pelos seus sonhos e objetivos! A Fibrose Cística nunca foi e nunca será um limite para mim, apenas preciso respeitá-la para poder curtir ao máximo tudo o que essa vida maravilhosa tem para me oferecer!
A Fibrose Cística é parte do que somos, não o limite do que podemos ser!
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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