Saiba mais sobre a Aspergilose

Comunicação IUPV - 03/02/2025 11:36

A aspergilose é uma doença infecciosa que acontece quando o fungo o Aspergillus entra em contato com o organismo de uma pessoa por meio da inalação de seus esporos. De acordo com o Ministério da Saúde, a espécie patogênica Aspergillus fumigatus é responsável por 90% dos casos. 

O Aspergillus pode ser encontrado na matéria orgânica que está em fase de decomposição, como na terra de canteiros e na água de rios, locais de onde ele se dispersa pelo ar ou é transportado por mãos contaminadas. 

Assim, as melhores medidas de prevenção contra a aspergilose incluem a lavagem das mãos com água e sabão, evitar permanecer em locais fechados e com muita suspensão de poeira, além da utilização de máscara facial e luvas ao realizar atividades que envolvam o manuseio do solo e plantações.

Sintomas

Na maioria dos casos, a aspergilose afeta o sistema respiratório, causando sintomas como tosse persistente com catarro ou sangue, dor no peito, febre e dificuldade para respirar. Quando o fungo se estabelece nos pulmões, ocorre a aspergilose pulmonar, condição mais comum em pessoas com imunidade reduzida.

Formas da aspergilose

Existem diversas formas clínicas da  aspergilose, que variam justamente conforme o estado imunológico do paciente. A forma broncopulmonar alérgica é mais frequente em pessoas diagnosticadas com fibrose cística ou asma.

Na aspergiloma, há a presença de massa fúngica no pulmão, e afeta principalmente indivíduos com doença pulmonar prévia, como a tuberculose. Já em sua forma crônica necrotizante – também chamada de semi invasiva -, acontece um processo infeccioso destrutivo no pulmão, afetando principalmente pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou sarcoidose.

Por fim, na forma invasiva da aspergilose, o fungo se dissemina por meio dos vasos sanguíneos, atingindo órgãos como rins, cérebro, fígado e coração. Esses casos acontecem principalmente entre pessoas imunocomprometidas ou que utilizam doses altas de corticosteroides.

Diagnóstico

O diagnóstico da aspergilose é clínico e laboratorial. A confirmação laboratorial acontece quando o fungo é encontrado após a análise de secreções ou fragmentos de tecidos do trato respiratório inferior. Além disso, testes complementares, como hemograma e exames de imagem, podem ajudar a chegar ao diagnóstico.

Tratamento da aspergilose

A forma clínica da aspergilose apresentada pelo paciente é o que define o tratamento que será recomendado pelo profissional da saúde que está acompanhando o caso. Geralmente, é indicado o uso de antifúngicos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o complexo lipídico de anfotericina B e o itraconazol, medicamentos antifúngicos, estão disponíveis em seu estoque estratégico e são dispensados pela área técnica de Vigilância e Controle das Micoses Sistêmicas desde 2008.

Aspergilose e fibrose cística

A complicação mais frequente da infecção por Aspergillus fumigatus em pessoas diagnosticadas com fibrose cística é a aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA), que pode atingir cerca de 10% dos pacientes.

Apesar de algumas pessoas não apresentarem manifestações clínicas, os sintomas da ABPA na fibrose cística podem incluir a asma mal controlada, tosse com secreção e sibilância. O tratamento deve ser indicado pela equipe médica e pode incluir o uso de corticóides inalatórios e broncodilatadores.

Em caso de dúvidas sobre a aspergilose ou se identificar os sintomas em você ou em alguém próximo, busque ajuda médica imediatamente.

Por Kamila Vintureli

Referências:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aspergilose

RESENDE, M. C. M. de; ATAÍDE, R. B.; MARQUES, L. F.; SOUZA, M. O. de; SANTIAGO, I. F. Aspectos gerais da Aspergilose na Fibrose Cística. Grupo Elite Cursos Médicos, Medicina – Belo Horizonte – MG – Brasil, 2019. DOI: https://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20210028.

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Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.

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