Prioridades na rotina com fibrose cística – Por Daniel Ramos

Comunicação IUPV - 19/02/2025 13:56

Esses dias eu me peguei pensando em quantas medicações atrasadas eu tomei e me espantei com a quantidade, especialmente à noite. Mesmo que algumas vezes isso tenha acontecido por eu acabar dormindo (afinal, a vida de estagiário não é fácil), uma parcela considerável delas foi por eu estar fazendo outra coisa, e o assunto desse texto será justamente essa falta de prioridade que podemos dar para os horários.

Olhando mais a fundo essas “outras coisas”, notei que quase 90% delas dizem respeito ao entretenimento. Seja por estar assistindo vídeos curtos, jogando ou até mesmo programando (para quem não sabe faço faculdade de programação), percebi que em todas as vezes, todas mesmo, eu sabia que já era hora de fazer a inalação ou tomar algum medicamento, mas ignorava.

Portanto, o problema está justamente nessa falta de urgência ou prioridade. É o famoso “só mais cinco minutinhos”. A questão é que esses “minutinhos” podem escalar para 10, 15, 40… Até duas horas, o que já aconteceu comigo.

Não sei se isso acontece com grande parte das pessoas, mas achei importante formalizar esse aspecto, até mesmo para lembrar a mim mesmo dessa questão. Às vezes tenho a impressão de que conforme o tempo passa, as chances de levarmos o tratamento no automático (no mal sentido da palavra) aumentam.

Em suma, o que quero enfatizar com essa rápida leitura é: não deixe de lado sua rotina de medicações para focar em coisas menos importantes. A maior parte delas, como assistir vídeos ou realizar tarefas cotidianas, podem ser adiadas. Rolar a tela ou assistir um vídeo é muito divertido (por mais que prove ser viciante e perigoso), mas o ponto é que isso prejudica e muito o tratamento, ainda mais quando falamos de medicamentos que precisam de intervalos bem definidos.

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Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.

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