Resumo Palestra – Microbiologia na Fibrose Cística
Instituto Unidos pela Vida - 20/11/2013 15:29Tema: Microbiologia da Fibrose Cística
Local: Conselho Regional de Farmácia do Paraná
Palestrante: Dra. Helena Homem de Mello Souza – (Farmacêutica-Bioquímica pela UFPR; Especialista em Bacteriologia Clínica; Mestre em Microbiologia, Parasitologia e Patologia; Doutora em Medicina Interna e Ciências da Saúde)
Resumo da Palestra:
Dra. Helena começou sua fala explicando sobre o que é a Fibrose Cística, quais os sinais, sintomas, formas de diagnóstico, tratamento e incidência. Comentou que, por ser uma doença autossômica recessiva, cada vez que os pais portadores do gene engravidam, é como se “jogasse a moeda denovo.” Para entender melhor as probabilidades de ter novamente filhos com Fibrose Cística, sugerimos a leitura deste texto: https://unidospelavida.org.br/tirando-duvidas/
Explicou que as pessoas com Fibrose Cística tem mais infecções pulmonares que as outras pessoas pois suas secreções mucosas são mais espessas, possibilitando que os germes cresçam no muco, gerando inflamação e por vezes danificando o pulmão.
A “quebra” ou a fluidificação desta secreção se dá através de inalações com alfadornase e o tratamento para as infecções é feito com antibioticos e antinflamatorios.
Falou sobre as bactérias que mais causam infecção em pessoas com Fibrose Cística, que são: S. Aureus, Pseudomona Aureginoas e Haemophylos em crianças, e complexo B. Cepacia com maior incidência em adultos.
As infecções por bactérias devem ser diagnosticadas precocemente e tratadas de forma que possam ser erradicadas, evitando que se tornem infecções crônicas.
Sugeriu cuidados com ambientes úmidos e com o contato com outros pacientes que estejam colonizados ou infectados por bactérias, evitando a contaminação cruzada.
Falou sobre S. Aureus, dizendo que estudos apontam que é encontrado na natureza, na pele, e em animais.
Comentou sobre o fungo Aspergillus Fumigatus, que está bastante presente em organismos do solo, sugerindo que os pacientes evitem reformas, construção, jardinagem, aparação da grama, pois este fungo pode desenvolver doença alérgica grave.
Frisou que os últimos estudos apontam um importante melhora na qualidade de vida dos pacientes, graças às tecnologias para identificação de bactérias, tratamentos e terapias associadas à rotina das pessoas com Fibrose Cística.
Reforçou ainda a importância dos profissionais dos laboratórios de análises clinicas no diagnóstico da Fibrose Cística atraves de resultados de bactérias comuns na FC, conversando com o médico responsável sobre este resultado, para que seja realizado o teste do suor.
Dra Helena fez seu mestrado e seu doutorado focado na Fibrose Cística e sua dissertação e tese estão disponíveis para consulta na internet, conforme abaixo:
Mestrado: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2011/biologia/dissertacoes/2fibrose_cistica.pdf
Doutorado: http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/26975/versao%20final%20formatada.pdf?sequence=1
Relato escrito por Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira, psicóloga, diretora e fundadora do Instituto Unidos pela Vida.
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.