Pacientes com Fibrose Cística respiram melhor após um dia de surf
Instituto Unidos pela Vida - 25/06/2014 11:38Cada dia é uma batalha para Paulette Montelone enquanto ela tenta fazer seu filho Gavin, 8, tomar todos os remédios e se usar diversas máquinas para seus tratamentos. Mas isso muda para pelo menos uma forma de tratamento. “Nunca precisamos brigar com o Gavin para ele ir brincar no mar”, diz ela.
Gavin é um de três filhos diagnosticados com fibrose cística, dos cinco de Paulette tem. A fibrose cística é uma doença degenerativa que causa o acúmulo de muco nos pulmões. Estar na praia ajuda Gavin e seus irmãos a respirar em melhor, já que o ar naturalmente mais salgado imita os tratamentos salinos que as crianças tem em casa.
A família se juntou com outras trinta crianças em uma manhã de sábado na praia de Huntington Beach, na Califórnia para um evento de surf organizado pela Fundação Mauli Ola, que organiza dias de praia para famílias lutando com a doença.
James Dunlop, da cidade de Laguna Beach, criou a organização sete anos atrás e nesse mês o evento fez sua sexta edição. Dunlop fazia testes genéticos para uma companhia chamada Ambry Genetics, na qual os fundadores era também surfistas. Eles leram um artigo que comentava como o ar mais salgado ajudava aqueles na batalha contra a fibrose cística e então decidiram levar algumas crianças surfar. Logo vieram as ligações de ao redor do país pedindo ajuda e então eles começaram a organizar dias de surf em lugares como Florida, Texas e Hawaii.
“É uma doença dura”, diz ele. “Tudo vale para ajudar as crianças a ter um tratamento natural na água e os colocar em um ambiente legal e amigável. É um alívio para os pais e eles podem conversar com outros pais de pacientes. É bom para todo mundo.”
No sábado, as crianças fizeram dupla com surfistas locais, alguns deles profissionais como Teddy Navarro, para surfar lado a lado no lado norte do píer. “Vê-los ativos e fazendo isso é super emocionante para nós. Alguns deles nunca pensava que eram capazes”, diz Dunlop.
Bobby Serna, da cidade de Costa Mesa, um voluntário no evento, disse que a cidade de Huntington Beach foi a última no mês de maio a divulgar o mês da Fibrose Cística. Um total de 180 crianças com a doença surfaram nos eventos e outro grupo foi aos hospitais pediátricos.
Montelone, que teve seus filhos diagnosticados em 2008, adora que o grupo consegue envolver a família toda. “Eles perceberam que a doença vira uma experiência familiar”, diz ela. “Quando um deles está no hospital, todos são afetados por isso. É divertido para a família inteira, eles incluem todos. E ao final do dia, todos eles respiram melhor”, diz ela.
O surfista Balam Obregon, que possui a fibrose cística, comenta como estar na água o ajuda a respirar. “O ar salgado passa pelo meu nariz e ajuda a limpar o muco”, diz o surfista. Enquanto a doença faz com que respirar seja difícil de vez em quando, o surf não é problema algum. “É bem fácil!”, diz ele antes de pular na água de novo.
Link original: http://www.ocregister.com/articles/kids-616543-beach-cystic.html
Traduzido por Thiago Arzua: Estudante no terceiro ano de “Pre-Med” na University of South Florida, em Tampa nos EUA, visando a uma graduação em Medicina. Voluntário também em um laboratório de neurobiologia, com ênfase em doenças neurodegenerativas como Alzheimer’s. Foi também assistente de pesquisador em um laboratório de química sintética por mais de um ano, incluindo contribuições em artigos publicados, e diversas conferências nos EUA. Em março 2014 foi ao Peru em uma missão para ajudar comunidades carentes com programas educacionais e clínicas gratuitas. Quando no Brasil, atua como voluntário no Hospital de Clínicas de Curitiba, e no Hospital do Trabalhador.
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.