Depoimento| Vinícius Bednarczuk de Oliveira
Instituto Unidos pela Vida - 19/03/2015 10:55No dia 25 de janeiro de 2012, reencontrei uma amiga que fazia anos que não via. Nos conhecemos em 2004 na faculdade e até o final de 2007 fomos colegas. Durante o período em que nos afastamos, ficamos sem comunicação, e ela, já com seus 20 e poucos anos, recebeu seu diagnóstico de Fibrose Cística.
Conheci realmente o que era Fibrose Cística no dia 19 de março de 2012, quando realizei um treinamento como voluntário no Instituto Unidos Pela Vida, a convite da Verônica del Gragnano Stasiak. Atualmente sou casado, e tenho orgulho de apresentar minha esposa que tem um nome gigantesco: condessa Verônica del Gragnano Stasiak Bednarczuk de Oliveira.
Darei meu depoimento como marido e companheiro de uma portadora da Fibrose Cística. A primeira coisa que aprendi sobre a doença é que ela é conhecida também como Doença do Beijo Salgado, mas por experiência própria posso dizer que o beijo não é salgado. Estamos juntos há 3 anos, e como marido desenvolvo múltiplos papéis, como: farmacêutico (minha profissão), fisioterapeuta, nutricionista, entre outros, mas como dizem por aí, “quem ama cuida”.
Não me cansa fazer tapotagem, cuidar dos seus medicamentos, prestar atenção se ela está usando casaco quando está frio, entres diversos cuidados. Ver que ela está bem e sorrindo para mim já vale todo o meu esforço. Fora os cuidados que nós maridos temos que ter com nossas Esposas de Fibra também há diversas vantagens em ser casados com elas, como exemplo o fato de a dieta das nossas amadas ser hipercalórica. Isso faz com que a nossa também tenha que ser, então podemos comer chocolate e outros doces para acompanhá-las! Além disso, nunca iremos sofrer de pressão baixa ou dizer que elas são sem sal (o beijo não é salgado, mas a pele é sim bem salgadinha!).
Fora as brincadeiras, o que tenho a dizer é que ser casado com a Verônica faz a minha vida ser mais especial. Ela é uma mulher de muita fibra e que luta pelos seus ideais e ajuda muitas pessoas que procuram o Instituto Unidos pela Vida para que estas não passem o que ela passou durante 23 anos sem diagnóstico. Como falei anteriormente, tenho muito orgulho de ser casado com ela, e não é porque ela demanda cuidados especiais que meu amor por ela vai diminuir. “Quem ama cuida, quem gosta quer estar perto”, e como eu quero passar a vida toda ao lado dela, eu cuido da Verônica como ela se fosse meu “tesouro”. Já são pelo menos 3 anos sem internação e se depender de mim a próxima internação só será para ter nosso tão esperado filho ou filha.
Entre altos e baixos nesta montanha russa que é a Fibrose Cística, construímos sonhos. Nestes sonhos, vamos vivendo as nossas vidas sempre felizes, aproveitando o dia de hoje e pensando no amanhã. Obrigado, Verônica del Gragnano Stasiak Bednarczuk de Oliveira, por fazer todos os meus dias se tornarem especiais.