Davi e seu pedal, unidos pela divulgação da Fibrose Cística

Davi Arnold, 20 anos, nasceu em Brasília e hoje mora em Águas Lindas de Goiás, cidade localizada na Região do entorno do Distrito Federal. Foi diagnosticado ao nascer graças a sua médica, Dra. Silvana França, que pagou pelos exames necessários que eram muito caros.

Quando criança, Davi precisou ficar internado. Numa das vezes ficou no hospital por seis meses! Aos 11 anos passou por uma cirurgia para tirar uma pedra da vesícula e, depois disso, nunca mais precisou de internação, apenas de acompanhamento que ele faz no Hospital de Base de Brasília.

Confira o relato de Davi:

Minha fisioterapia é pedalar a minha montain bike (MTB). Pedalo oito horas todos os dias.

Amo esse esporte. Gosto de vence as adversidades. Faço da minha vida um exemplos para os outros. Consegui viver a vida e deixa algumas coisas de lado.

Comecei a pedalar MTB aos 11 anos de idade quando me dei contar que estava na hora de me cuidar e deixa de ser criança, de parar com as birras na hora dos remédios. Eu tinha muita vergonha, ai quando vi que isso tudo era bobagem, comecei a pedalar e divulgar a fibrose cística”

Davi pedala com os amigos. Ele participa de um grupo (como ele gosta de dizer, uma família) , chamado “Tô no pedal”. “Ficamos competindo um com outro. Assim, sempre estamos motivados a melhorar”, explica Davi.

Gosto de pelar nas trilhas que conheço como caminhos de ratos. Adoro andar na mata, gosto muito de descobrir lugares pedalando. Em média pedalo 40Km por dia, mas já cheguei a fazer 90Km num único dia.

Minha maior emoção com a MTB foi quando fui fazer os 70 km em um distrito chamado Girassol, em Cocalizinho de Goiás, estava em uma descida muito perigosa e o freio da minha bicicleta não funcionou. Resultado: um braço quebrado. Foi a trilha mas linda da minha vida! pedalei 52 km com braço quebrado até chega a um hospital.

Ao ser questionado pelo motivo de pedalar tanto, Davi diz que é a vontade de viver! “Faço isso para mostra que nada e nem ninguém pode impedir essa paixão”, admite ele.

Tudo o que eu faço para cuidar da saúde eu faço pensando que a fibrose cística não vai me derrubar da bike.

No ciclismo você tem que ter uma convicção uma paixão. Não é só querer ir pedalar. Tem que pedalar por prazer, não pro obrigação, mas não pense que pedal é um mar de rosas por que uma hora você cai, quebra algum osso, se arranha, se esfola, se rasga todo. Aí o importante é não desistir.

Alimente-se bem para dar conta do esforço, hidrate-se bem para não ter problemas, use protetor solar para não ficar com duas cores e lembre sempre de levar um kit de reparos (remendo, cola, lixa e bomba de encher pneu). Isso é importante. Já tive que andar quilômetros porque esqueci isso.

Vai ter subidas em que você vai pensa “por que eu vim?” Vai ter descidas de dar medo. Pedal é pra quem ama achar um rio no meio da trilha que você nem sabia que existia e é também ter que correr de um cachorro.