Pesquisa fenotípica da formação de biofilmes em Staphylococcus aureus isolados de pacientes com Fibrose Cística
Comunicação IUPV - 11/11/2019 02:20Resumo de pesquisa realizada por Jannaina F. Melo Vasco, Danayla Santos Costa, Carlos Antônio Riedi, Luiza Souza Rodrigues, Lilian Pereira-Ferrari, Keite da Silva Nogueira e Nelson Augusto Rosário Filho. O artigo fez parte do volume exclusivo sobre Fibrose Cística da revista Visão Acadêmica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), edição lançada em setembro de 2019 em alusão ao Mês Nacional de Conscientização da Fibrose Cística e que pode ser acessada na íntegra clicando aqui.
Staphylococcus aureus é um colonizante comum dos pulmões de pacientes com Fibrose Cística e, apesar do tratamento com antimicrobianos, resultam em infecções recorrentes. Com o aumento da duração da infecção pulmonar nesses pacientes, S. aureus adapta suas estratégias para sobreviver e persistir neste ambiente.
A produção de biofilme é uma dessas estratégias que resulta na geração de estirpes heterogêneas protegidas por uma densa camada de matriz extracelular, que protege a célula bacteriana da atuação do sistema imune e da ação de antimicrobianos. Em pacientes fibrocísticos as infecções pulmonares crônicas de difícil erradicação são o principal motivo de falência pulmonar. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade de formação de biofilme, por método fenotípico, em isolados de S. aureus do trato respiratório de pacientes com FC, atendido no ambulatório de um hospital universitário de Curitiba/PR.
A produção de biofilme foi avaliada pelo método em tubo (TM) utilizando solução de cristal violeta e leitura visual. Foram analisados 46 isolados de S. aureus previamente recuperados e identificados por procedimentos microbiológicos padrões. Do total de microrganismos avaliados, 20 (43%) foram positivos e 26 (57%) negativos para a produção in vitro de biofilme.
Sabe-se que os microrganismos com crescimento em biofilmes são difíceis de serem erradicados, e que na fibrose cística contribuem para infecções recalcitrantes, para uma alta tolerância ao tratamento com antibióticos e, consequentemente, para a piora da função pulmonar. Portanto, uma importante tarefa para os pesquisadores é investigar como tais dados in vitro se correlacionam com o comportamento in vivo de S. aureus, e desenvolver estratégias de tratamento para infecções crônicas por microrganismos produtores de biofilme em pacientes com Fibrose Cística.
Você pode conferir esse estudo na íntegra e saber mais sobre os pesquisadores clicando aqui.
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.