Britânica com Fibrose Cística que passou por transplante de pulmão está se preparando para escalar o maior vulcão do mundo
Instituto Unidos pela Vida - 24/06/2015 15:51Um transplante de pulmão transformou a vida de Emma Hoyle, que agora está se juntando a um grupo de outras pessoas que também realizaram o procedimento para escalar cerca de 6000 metros no Cotopaxi, conhecido como o mais alto vulcão do mundo
Três anos atrás, Emily Hoyle estava internada em estado grave devido a complicações da Fibrose Cística, época em que um transplante de pulmão era sua única chance de continuar viva. Hoje, a britânica de 30 anos e professora de Pilates está se preparando para quebrar um recorde: escalar cerca de 6000 metros através do Cotopaxi, o maior vulcão do mundo localizado no Equador.
Infelizmente, uma em cada cinco pessoas morrem na fila de espera por transplante de coração ou de pulmão no Reino Unido. Em agosto de 2012, após 18 meses internada, Emily foi uma das escolhidas para receber o transplante, procedimento que não somente salvaria sua vida, mas que também a transformaria.
Emily foi diagnosticada com Fibrose Cística aos 3 meses de idade, já tendo passado por diversas crises graves – a última em 2011, quando precisou ser internada devido à Gripe H1N1 e também por uma infecção causada por fungos. Tudo ao mesmo tempo em que planejava seu casamento com o até então seu noivo e agora marido, John Hoyle.
O procedimento do transplante durou 6 horas e foi um sucesso. Emily afirma que foi o milagre da sua vida. “Antes do procedimento eu me sentia muito mal principalmente pela manhã, com todo aquele muco acumulado em meus pulmões. Hoje me sinto muito bem, inclusive levanto cedo da cama para ir passear com o meu cachorro. ”
Emily agora aproveita ao máximo tudo o que a vida pode oferecer (está inclusive pensando em se tornar mãe), mas lembra sempre de agradecer essa oportunidade ao doador dos pulmões. “Devo isso a ele. Era um garoto de 18 anos que não teve a chance de experimentar o que a vida ainda tinha para oferecê-lo. ”
Na próxima Sexta-feira, Emily e outras 12 pessoas que também passaram por transplante irão viajar para o Equador em busca de realizar um ato histórico: subir ao Cotopaxi. Será a maior escalada já realizada por pessoas que passaram por transplantes de coração ou pulmão. Em treino desde janeiro, o grupo estará acompanhado de dois médicos e uma equipe de suporte, os quais estarão com oxigênio e outros equipamentos de segurança.
Andre Simon, o organizador da expedição, comenta que a jornada levará 17 dias. “Queremos mostrar ao mundo que é possível ter uma vida fantástica após um transplante. ”
A equipe espera levantar recursos financeiros para financiar novas tecnologias que possam facilitar os procedimentos de transplantes.
“Para todos aqueles que pensam em se tornar doadores de órgãos, eu diria: faça isso! ” afirma Emily. “As pessoas têm medo de falar sobre a morte, mas saiba que você pode deixar um legado de esperança e poupar a tristeza de muitas famílias. Estou vivendo a prova da enorme diferença que isso faz. Terei uma dívida eterna de gratidão com a família do doador”.
Texto original aqui
Traduzido por Leandro Martins: Atuou como professor de Inglês, é estagiário de Projetos e Relações Internacionais no Instituto Unidos pela Vida e também colabora com a tradução de textos para publicação em nosso site.
Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.