Conheça a história de Emily Schaller
Instituto Unidos pela Vida - 02/04/2015 02:45Em 1982, quando Emily Schaller tinha 18 meses de idade, os médicos disseram a seus pais que ela não viveria até os 18 anos. Eles descobriram que ela tinha Fibrose Cística (FC), uma doença genética que impede os pulmões e o pâncreas de funcionarem adequadamente. Os médicos previram que Emily viria enfrentar problemas respiratórios e dificuldades para ganhar peso, além do fato de que ficaria doente frequentemente.
Mas Emily foi rápida em provar que eles estavam errados. De volta para casa, Emily gostava de brincar de correr atrás de seus dois irmãos mais velhos. Aos 5 anos, andava de skate. Aos 9, entrou para o time de basquete. Com 22 anos, tocava bateria em uma banda. Mas foi aos 25 anos que Emily encontrou sua atividade favorita: correr. Desde então, já completou quatro meias maratonas.
Em 1980, a expectativa de vida de um paciente com FC era de 14 anos. A Fibrose Cística é uma doença que faz com que o organismo produza uma espécie de muco espesso e pegajoso que entope as vias respiratórias, impedindo a eliminação de bactérias, causando assim infecções pulmonares. A FC também impede o pâncreas de produzir as enzimas necessárias para a digestão.
“Meus pais decidiram que não iriam me esconder do mundo” comenta Emily. “Eles poderiam ter me mantido dentro de casa, longe das outras crianças, mas não, eles preferiram me fazer entender que mesmo eu tendo uma doença grave, isso não iria me impedir de fazer qualquer coisa.
Muito tem mudado desde que Emily, agora com 33 anos, foi diagnosticada com FC. Novos e melhores medicamentos têm aumentado a expectativa de vida em pacientes, que agora está próxima dos 40 anos de idade. Vários médicos afirmam que a atividade física, especialmente a corrida, deve ser parte da vida do paciente com FC. “A corrida trabalha diretamente o processo respiratório do organismo, também ajudando no fortalecimento e na limpeza dos pulmões”, afirma Tom Sisson, pneumologista responsável pelos cuidados de Emily. “Acredito que a corrida é capaz de prolongar a vida de uma pessoa com FC.”
Emily é uma prova concreta que correr a tornou mais saudável. Quando ela começou a praticar, sua função pulmonar estava em torno de 50%. Mas três meses depois do início de seus treinos para sua primeira meia maratona, sua função pulmonar aumentou para 70%. Após anos de internamentos em hospitais para tratamentos que duravam de três a quatro meses, Emily agora já não sabe há anos o que é estar internada.
Tudo isso serviu de inspiração para outros pacientes. “Eu percebi que correr a ajudou, então eu decidi tentar”, comenta Julia Ruggirello, de 22 anos, que também tem FC e que tem planos de correr uma meia maratona com Emily. “Minha capacidade pulmonar foi de 60 para 80%.”
Emily corre cerca de 40km toda semana como parte de seu tratamento. Ela precisa também tomar uma média de 40 pílulas por dia, que devem ser ingeridas juntamente com as refeições.
Emily fez da FC sua missão de vida – “Quero divulgar conhecimento e compartilhar esperança” ela comenta. Emily conversa com pacientes, pais e profissionais da medicina sobre como é viver com FC. Em 2007, Emily fundou uma ONG chamada de Rock CF, através da qual ela já arrecadou U$200.000,00. Ela organiza shows e eventos que apresentam as bandas de rock mais conhecidas de Detroit.
Para conhecer mais sobre a Rock CF, acesse o site da ONG clicando aqui.
Texto original aqui.
Traduzido por Leandro Martins: graduado em Recursos Humanos pela Faculdade Tecnológica OPET, atuou como professor de inglês, e é estagiário de Projetos e Relações Internacionais no Instituto Unidos pela Vida, também colaborando com a tradução de textos técnicos para publicação em nosso site.
Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.