Depoimento | Mãe Estela Cestari
Instituto Unidos pela Vida - 11/05/2016 09:12Meu nome é Estela e tive meu filho aos 17 anos, o meu pequeno Guilherme (foto). Quando ele nasceu, realizei todos os exames, como o teste da orelhinha, do pezinho e todos os outros indicados pelos médicos.
Quando ele completou 3 semanas saiu o resultado do teste do pezinho. E ali naquele exame veio uma notícia que apertou meu coração e que mudaria minha vida: meu filho tinha fibrose cística. Eu me desesperei. Nunca tinha ouvido falar naquela doença, era algo totalmente obscuro pra mim e pra toda a minha família.
Nós todos vivemos no desconhecido durante meses e até hoje fazemos novas descobertas sobre o universo da FC. No começo, quando meu filho começou a tomar as enzimas era tudo muito difícil. A quantidade de medicações e a dificuldade dele aceitar. Eu mesma muitas vezes não aceitava… Me sentia culpada por ele ter uma doença transmitida geneticamente. A força que eu tinha vinha de Deus, da minha família que sempre me apoio e do amor que eu nutria por aquela criança.
E hoje, muitos medos ainda me cercam. Eu tenho medo do futuro, medo das próximas crises, medo de não ser suficientemente boa pra lidar com tudo isso.
Mas, agora eu posso dizer que o pavor do desconhecido já acabou… Acabou, e deu lugar à coragem, a vontade de lutar todos os dias pela qualidade de vida da pessoa que proporciona sentido à minha vida. Eu decidi viver cada dia e superar cada medo!
Hoje, meu filho tem 1 ano e 6 meses e tudo está apenas começando. Muitas dificuldades ainda virão, mas as conquistas também virão em seguida.
Hoje, eu comemoro cada exame que tem um resultado benéfico. Cada noite sem tossir. Cada vez que ele se recupera. Ser mãe me fez melhor. E ser mãe de uma criança com FC me fez mais forte, me faz mais corajosa. Fez com que eu cuidasse mais de mim pra poder cuidar dele.
Eu só tenho a agradecer a Deus pelo presente que me deu. Por essa criança incrível que tem crescido alegre, que tem nos ensinado a felicidade verdadeira, que me fez dar mais valor à vida. A energia que eu tenho pra seguir em frente hoje é a minha vontade de cuidar dele, de fazê – lo estar sempre melhor.
Pode parecer algo clichê mas eu posso dizer que me sinto a mãe mais feliz do mundo. E a mãe do filho mais perfeito do mundo!
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Atenção: as informações deste texto têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com sua equipe multidisciplinar, eles poderão esclarecer todas as suas perguntas!