Depoimento | mãe Gabriely Vizolli
Instituto Unidos pela Vida - 24/03/2015 13:54No dia 22 de julho de 2010, nosso anjo amado nasceu. Nunca imaginei que ela tivesse qualquer tipo de doença, afinal todo o desenvolvimento da gravidez foi normal. Logo depois do seu nascimento, fizemos o teste do pezinho e fomos para casa achando que tudo estava bem. Porém, na semana seguinte, um comunicado chegou dizendo que o exame tinha tido uma alteração. Refizemos o teste e novamente tivemos a confirmação de que ela poderia ter Fibrose Cística.
Depois disso, fomos encaminhados a FEPE de Curitiba, onde fizemos o teste do suor, que confirmou que minha filha realmente era fibrocística.
A notícia caiu como um fardo nas nossas costas, principalmente na minha. Na época eu era imatura e tinha apenas 17 anos. Achei que não fosse suportar tanta informação. Um dia, minha irmã voltava do serviço e conversava com a minha mãe sobre o meu sofrimento. Um homem que estava sentado ao lado escutou a conversa delas sobre Fibrose Cística e pediu licença para se apresentar. O nome dele era Luciano, e ele tinha uma irmã chamada Verônica que também tinha FC e que superava a doença todos os dias. Esse encontro foi uma grande surpresa, pois não conhecíamos a doença. O Luciano passou o telefone da Verônica e minha irmã conversou com ela (pois eu estava tão nervosa e emocionada ao mesmo tempo que não conseguia nem falar).
Os anos se passaram e fui notando que os sintomas da doença foram aparecendo. Mas eu e minha filha juntas sempre vencemos. Abandonei tudo para ficar com ela e dar toda a atenção necessária. Hoje ela tem 4 anos e 8 meses e passou por apenas uma internação (que nem foi por causa da FC, mas sim por uma estomatite). Digo que não é fácil, pois o tratamento cada vez fica mais puxado. Porém, com amor e fé tudo dá certo e nós conseguimos vencer todos os dias. Como a Verônica diz, com Força, Fé e Coragem.
Fiz muitos amigos nos grupos. Uma, em especial, que tem Fibrose Cística e que nos ajuda muito é a Natália Caroline, que amamos muito. Ela me ajuda a lidar com situações difíceis e também na hora de explicar procedimentos para a minha filha para que nada se torne tão difícil para ela. Minha filha, com apenas 4 anos, já me pergunta o motivo de ela tomar tantos remédios e ser a única a fazer inalação. Nesses momentos, tenho apoio total dessa grande Amiga de Fibra, que é mais do que uma amiga, é uma irmã.