Dia Nacional de Luta por Medicamento | Por Cristiano Silveira e Marise Basso Amaral
Comunicação IUPV - 08/09/2021 16:50Há 21 anos, no 8 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Luta por Medicamento. O objetivo da data é chamar a atenção para as dificuldades dos pacientes para ter acesso aos tratamentos farmacológicos.
O acesso a medicamentos é definido pela Organização Mundial da Saúde como um indicador que mede os avanços na concretização do direito à saúde, sendo um dos principais desafios em todos os países.
Neste dia, reafirmamos nossa luta pela VIDA, pelo nosso direito de VIVER!
Há oito anos celebramos também o Dia Mundial da Fibrose Cística. Nessa mesma data, em 1989, era publicada a descoberta da mutação mais comum no gene CFTR. Era um marco para o conhecimento da doença e seus mecanismos.
Ao longo desses anos, o conhecimento gerou o desenvolvimento de novos medicamentos que atuam não apenas nos sintomas, mas na causa da FC, transformando a vida dessas pessoas e de suas famílias.
Com isso, surge um novo desafio: como fazer esses tratamentos, por vezes extremamente caros, chegarem a todas as pessoas?
Sim, porque a vida de uma pessoa com fibrose cística nos Estados Unidos não deve valer menos do que no seu vizinho do Sul, o México, nem mais do que o vizinho do Norte, o Canadá. Mas é disso exatamente que estamos falando e essa diferença é percebida em números. Números muito difíceis de lidar porque dizem respeito ao tempo. Tempo que nos falta, tempo que se esvai enquanto as muitas formalidades dos nossos sistemas de saúde avaliam lentamente essas novas drogas, em uso há anos no seu país de origem, são custo-efetivas.
Nessa conta matemática, burocratas, técnicos, gestores, especialistas (e nunca os próprios pacientes) lidam com valores incomensuráveis.
Qual o preço a se pagar por mais dias de vida e por mais vida nesses dias?
Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.