Depoimento Giordana Borlido – a história da Luiza Cordeiro Borlido

Comunicação IUPV - 21/01/2020 01:37

Luiza Cordeiro Borlido, que hoje tem 11 anos, foi diagnosticada com Fibrose Cística aos 2 anos e 8 meses de vida. Os primeiros sintomas, que já indicavam a presença da doença, começaram a se manifestar quando ela tinha apenas 8 meses. Eram acessos de tosse e a dificuldade em ganhar peso, mesmo com o ótimo apetite. Em geral, os médicos tratavam esses sinais como alergia respiratória, bronquite e chegaram a suspeitar de asma. Ela tomava os remédios, os sintomas ficavam amenos, mas logo as crises voltavam.
Em nossa cidade, Manaus/AM, a Fibrose Cística é pouco conhecida, inclusive entre os médicos. Passamos por dez médicos e nenhum deles conseguiu diagnosticá-la corretamente. Na verdade, apenas um deles suspeitou, mas não realizou com sucesso o Teste do Suor. Além disso, na época, a triagem no Teste do Pezinho também não era realizada na cidade.
Foi em uma viagem para Belo Horizonte, ao levarmos a Luiza para um pneumologista, que ela foi finalmente diagnosticada e lá realiza o tratamento até hoje. Para nós, como pais, foi muito difícil receber esta confirmação. Ficamos sem chão, mas diante do fato, só tínhamos duas opções: lamentar ou lutar. E, naquele momento, decidimos lutar junto com ela.
Desde pequena a Luiza sempre tomou as medicações, como enzimas, antibióticos e vitaminas, direitinho, fazendo também as fisioterapias recomendadas. Nesses 11 anos de vida, teve três internações de 14 dias e algumas menores para conter crises de tosse pontuais. Agora, está indo para o 6º ano do ensino fundamental. É uma criança linda e adorável, muito vaidosa e que adora pintar e viajar. Luiza é cheia de sonhos e um deles já conseguiu realizar em 2019, quando se tornou a irmã mais velha de dois irmãos pelo método de fertilização in vitro, alternativa para as mães que querem ter mais filhos e com a possibilidade de triagem genética.
Vivemos um dia de cada vez com muita fé e esperança, sem nunca descuidar do tratamento, que é diário e difícil. Apesar disso, a Luiza vive uma vida plenamente normal para a sua idade, tornando a Fibrose Cística apenas uma parte da sua vida e da sua rotina, com plena consciência de que a doença não é tudo e nunca será o limitador do seu viver.
Sempre procuramos ser otimistas, dar boa base de apoio emocional para os pacientes com Fibrose Cística e acreditar que, com tantos avanços da Medicina, novidades podem surgir para beneficiar as pessoas diagnosticadas com a doença, dando a eles mais saúde e qualidade de vida. Deixo um abraço para todos os pais e pacientes com Fibrose Cística. Vamos seguindo e perseverando!
Por Giordana Borlido, mãe da Luiza.
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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