H3N2: tudo que você precisa saber sobre a nova variante do vírus influenza

Comunicação IUPV - 14/01/2022 16:41

Desde o final de 2021, surtos de influenza (gripe) em todo o país ligaram um sinal de alerta na população, principalmente pelo surgimento da nova cepa do subtipo A, a H3N2 Darwin. De acordo com a bióloga Dra Cláudia Bica, esse aparecimento é algo normal e que acontece de maneira mais frequente do que imaginamos.

“Todos os anos uma nova cepa do influenza surge e é por isso que precisamos nos vacinar anualmente, já que a nova variante é sempre incorporada no imunizante. O que aconteceu neste período de pandemia foi o baixo número de pessoas que se vacinaram contra a gripe no período da campanha do Governo Federal. Estávamos saindo menos de casa para evitar a contaminação pela covid-19 e acabamos deixando de lado a vacinação contra o influenza. A H3N2 não é tão diferente da H1N1, o grande problema foi a falta de imunização da população, visto que a vacina é o que nos protege contra os casos graves, mas não impede a transmissão. Por isso, é muito importante que todos se vacinem contra a gripe, principalmente neste período de pandemia.”

De acordo com a Dra Cláudia Bica, a vacina contra a gripe disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz e de qualidade, sendo, na maioria das vezes, o mesmo imunizante que é fornecido na rede privada.

“Por se tratar de algo coletivo, a rede pública de saúde deve trabalhar com critérios, dando prioridade para a vacinação das pessoas que fazem parte dos grupos de risco e depois, caso ainda existam doses disponíveis, abrindo para toda a população. Sendo assim, quando chegar a nova vacina contra a gripe que cobre essa nova variante, é importante que todos se vacinem, seja na rede pública ou privada. Isso evitará casos graves da doença.”

Cuidados e sintomas

Para finalizar, Dra Cláudia ainda reforça que a H3N2 não é mais grave que a H1N1. A grande diferença entre elas é o maior poder de transmissão da nova variante e sua ausência na última vacina contra a gripe disponibilizada para a população.

“Os cuidados seguem sendo os mesmos que já fazem parte do nosso dia a dia por conta da pandemia, como uso de máscara de proteção, higienização das mãos com água e sabão várias vezes ao dia, uso de álcool em gel e evitar a permanência em locais fechados, pouco ventilados ou com aglomeração de pessoas. Em relação aos sintomas, foi possível notar que uma das grandes diferenças entre os principais sinais do influenza e a nova variante do coronavírus, a ômicron, é a febre alta e mais abrupta relatada por pessoas contaminadas pela H3N2, associada a dor de garganta e tosse. Por isso, é importante ficarmos atentos e buscar ajuda quando necessário.”

Além desses sinais, a H3N2 também pode causar vômito, diarreia, dor de cabeça, coriza, calafrios e cansaço excessivo. Caso você identifique esses sintomas em você ou em alguém próximo, procure ajuda na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de você ou entre em contato com a equipe médica do seu Centro de Referência para maiores recomendações sobre cuidados e tratamento.

Por Kamila Vintureli

Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.

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