Just Breathe: Karen, 58 anos

Instituto Unidos pela Vida - 17/11/2015 18:14

Captura de Tela 2015-11-17 às 11.23.47Minha história é única. Apesar de eu ter o apelido de Karen Tosse na minha infância, meu “problema” nunca foi sério. Meu peso era normal, e eu só fui apresentar infecções pulmonares quando já era mais velha. Eu tive uma vida saudável na maior parte do tempo. Eu viajei. Eu pude esquiar. Eu joguei partidas de tênis. Eu andei de bicicleta por muitos quilômetros. E eu tossi durante todas essas atividades.
Quando eu tinha 22 anos, um exame de sangue mostrou que os meus glóbulos brancos estavam em uma quantidade muito baixa. Por conta disso, fui para uma quarentena, na qual um médico determinou, após uma broncoscopia, que eu tinha Bronquiectasia. Eu recebi a prescrição de uma série de inaladores e voltei para a minha rotina.
Ao longo dos próximos anos, eu tive algumas infecções respiratórias que exigiram antibióticos. Quando eu cheguei nos meus quarenta e poucos anos, percebi que frequentemente eu tinha falta de ar e que as minhas infecções estavam mais frequentes e mais graves. Eu fui hospitalizada com uma infecção respiratória muito grave pela primeira vez, aos 55 anos. O meu médico suspeitou da minha condição e decidiu mapear os meus genes. Foi aí que descobri que eu tinha Fibrose Cística.
Eu sabia um pouco a respeita da FC. Eu trabalhei com um homem cujo filho tinha Fibrose Cística. Eu procurei sobre a FC na internet, e fui na minha primeira consulta após o diagnóstico cheia de perguntas. Eu me juntei ao grupo de pessoas que passam horas fazendo nebulização, que tomam antibióticos, que vestem coletes que ajudam na respiração, etc. Não é fácil manter a rotina, mas pelo menos agora eu sei o que eu realmente tenho, e que eu posso amenizar os meus sintomas.
No momento, eu também estou no oxigênio o tempo inteiro. Como os meus pulmões estão muito machucados, essa é a melhor maneira de deixá-los “saudáveis” enquanto eu espero pelo meu transplante duplo de pulmão. Eu estou na lista em dois centros médicos diferentes, e esperar pelo “tal telefonema” é a parte mais difícil. Existem poucos doadores de órgãos registrados nessa parte do país, portanto a espera é longa e eu tenho medo que venha muito tarde para mim.
Entretanto, meu incrível marido e minha filha são minha inspiração e me mantêm com o pensamento positivo. Depois do transplante, eu pretendo dedicar o meu tempo para espalhar para o mundo mais informações a respeito da FC e sobre a importância da doação de órgãos.
Tanto a foto quanto o texto desse post são propriedade de Ian Ross Pettigrew e fazem parte do projeto Just Breath – Adultos vivendo com Fibrose Cística. A tradução e reprodução desses materiais no site do Instituto Unidos Pela Vida foram autorizados pelo autor.

Fale conosco