Mãe | Silvia Azambuja
Instituto Unidos pela Vida - 04/05/2010 21:54Silvia Azambuja, 37 anos, Psicopedagoga, mora em São José dos Campos – SP.
Por Verônica Del Gragnano Stasiak
Silvia é mãe do Príncipe de Fibra Caio Azambuja, que teve seu diagnóstico realizado aos 2 meses de vida. Hoje, com 10 anos e 10 meses, Caio realiza seu tratamento em Campinas na UNICAMP e está super bem!
Quando o diagnóstico fora realizado, Silvia conta que entrou em “desespero”, pois o que tinha de informação na época sobre a doença era nas antigas enciclopédias, e as matérias eram bastante desanimadoras. Naquele tempo, Silvia e sua família nunca tinham ouvido falar sobre Fibrose, portanto o medo era um sentimento constante.
Hoje, 10 anos após o diagnóstico, Silvia e sua família aprenderam a conviver com a doença e buscam sempre entender melhor o assunto, pesquisando sempre na Internet novas pesquisas, envolvendo-se cada vez mais.
Em seu tratamento atual, Caio utiliza continuamente Enzimas Pancreáticas, Pulmozyme, SourceCF, Fluimare e Avamys. Faz uso também de suplementos alimentares (Scandishake e Pediasure). Realiza fisioterapia respiratória duas vezez ao dia em casa, utilizando Flutter e Respiron. Caio ainda pratica futebol duas vezes por semana, e, como relata Silvia, faz tudo isso “faça chuva ou faça sol”.
Silvia acredita que o segredo do sucesso do tratamento está no apoio dos pais e dos familiares, quando realizam tudo como rotina e não como obrigação. Para ela, a visão otimista de seguir em frente sempre é fundamental. Ela afirma que faz isto todos os dias ao abrir os olhos, ao escovar os dentes, ao tomar banho, ao se alimentar… Para ela, o otimismo e a fé são a peça chave para o tratamento e para o suporte dos filhos portadores de FC.
“Ter um filho com Fibrose Cística não é por acaso. Acredito que é merecimento de um aprendizado, ao dar mais valor a coisas que antes não dava, estar sempre aprendendo, adquirindo valores mais fortes e de desenvolvermos a capacidade de estar sempre lidando com os desafios da VIDA. Logo que o Caio nasceu ouvi de uma tia que DEUS não dá uma cruz maior do que possamos carregar, e tenho isso como lema em minha vida desde então. Preocupações, medos e angústias sempre vão estar nos rodeando independente da FC, isso faz parte da VIDA e do AMADURECIMENTO. O tratamento já faz parte da nossa rotina, e com ela que obtemos ganhos lá na frente em qualidade e quantidade de VIDA. Isso não tem preço! O Caio em minha vida veio somar, alegrar e ame fez aprender que a vida é um ciclo de aprendizado, amor, compreensão, desafios e conquistas. Aprendi a ver com outros olhos, sentir com outro tato e degustar com outro paladar. Não estou aqui com essas palavras querendo florear as coisas, mas sim querendo provar que, apesar de tudo, sempre olhe à sua volta e encontrará SEMPRE coisas piores e pessoas rindo e nos dando uma verdadeira lição de VIDA!”
Depoimento enviado para a equipe do Instituto Unidos pela Vida por e-mail por Silvia Azambuja.
Este relato tem cunho informativo. Não pretende, em momento algum, substituir ou inferir em quaisquer condutas médicas. Em caso de dúvidas, consulte sua equipe multidisciplinar.