Paciente com FC completa prova de ciclismo Tour the France

Leia o depoimento de Steve De Wilder o homem com fibrose cística que subiu pedalando a montanha conhecida pelo Tour the France, a mais notória prova da história do ciclismo.
Seis meses atrás, a Associação Belga para Fibrose Cística foi à procura de participantes para Climbing for the Life (Escalada pela Vida), um evento de ciclismo para arrecadar dinheiro para a fibrose cística e asma. Até aquele momento, eu não tinha andado de bicicleta por mais de meia hora em toda a minha vida, mas eu gosto de um desafio.
Há alguns anos atrás eu quase morri devido a uma hemorragia pulmonar grave. Eu me submeti a uma embolização da artéria brônquica para parar o sangramento. Levei anos para me recuperar mentalmente e fisicamente. Houve momentos em que eu tive muito medo de sair de casa com medo de que algo do tipo acontecesse novamente.
Viajar para o meio dos Alpes franceses, seria o último desafio que me faria superar meus medos.
Depois de alguns dias eu decidi me inscrever. Mal sabia eu que realmente seria selecionado como um dos pacientes com FC com permissão para participar. Seria irresponsável assumir um desafio tão grande sem um pouco de orientação adequada.
Eu fiz uma entrevista com o Energy Lab. Eles treinam atletas profissionais e me deram as ferramentas adequadas que eu precisava para chegar ao topo. Depois da minha primeira prova de resistência, os resultados puseram de volta os meus pés no chão. Minha condição física estava muito ruim. Mesmo assim, o Energia Lab me orientou a seguir a sua programação de treinamento.
A rotina de treinamento foi muito intensa. Quatro sessões de treino por semana com pelo menos uma hora e meia de duração chegando a quatro horas de ciclismo por vez. Eles começaram em terreno plano, mas depois eu tive que subir as montanhas belgas.
Alguns meses mais tarde, poucas semanas antes do meu segundo teste de resistência, eu fiquei doente. Eu precisei de tratamento intravenoso e não pude treinar por duas semanas. Para piorar, uma ressonância magnética mostrou que eu tinha uma infecção no joelho devido a sobrecarga. Eu estava pronto para desistir.
No entanto, eu fiz o meu segundo teste de resistência. Os resultados foram surpreendentes. Minha condição física melhorou dramaticamente. Chegar ao topo do Galibier ainda seria um grande desafio, mas que agora era possível. Isso me deu a motivação para treinar ainda mais duro.
Meses se passaram, e eu fiz o meu terceiro e último teste de resistência. Depois de centenas de horas na minha bicicleta e, literalmente, milhares de quilômetros abaixo da estrada Eu estava pronto para participar de um dos eventos mais difíceis da minha vida.
A Climbing for the Life aconteceu no dia 1º de setembro e foi um sucesso.
FONTE: http://www.wikicf.com/
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.