Participe da Consulta Pública nº 69 que avalia o sistema flash de monitorização da glicose por escaneamento intermitente
Comunicação IUPV - 25/10/2024 14:17A consulta pública do sistema flash de monitorização da glicose por escaneamento intermitente para o monitoramento da glicose em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e 2 já está aberta para receber a sua contribuição até o dia 29 de outubro de 2024. Para participar, basta clicar aqui e acessar a consulta pública nº 69 referente à tecnologia.
Sobre o sistema
De acordo com o Relatório para a Sociedade disponibilizado no site da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o sistema “flash” de monitoramento contínuo da glicose intersticial (SFMG) é um equipamento composto por um leitor/aplicativo e um sensor, que mede e informa o nível de glicose no sangue a cada minuto, armazenando essas informações em intervalos de 15 minutos e disponibilizando, de acordo com a demanda do paciente, informações referentes às últimas 8 horas.
Para sua utilização, o sensor precisa ser inserido sob a pele, geralmente na parte superior externa do braço, com a ajuda de um aplicador que é fornecido pelo fabricante da tecnologia. O sensor deve ser trocado a cada 14 dias e, para visualizar o nível de glicose, é utilizado um leitor ou um aplicativo, que pode ser instalado em um celular de modelo compatível.
Ainda conforme o Relatório para a Sociedade publicado pela Comissão, a evidência indicou superioridade do SFMG em relação ao Sistema de Automonitoramento da Glicemia Capilar (AMGC), atualmente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), no que diz respeito à melhora nos índices de hemoglobina glicada e de satisfação do usuário. Além disso, também indicou superioridade relacionada à diminuição de episódios de hipoglicemia, porém com qualidade baixa.
Recomendação inicial
A incorporação da tecnologia ao SUS foi solicitada pela Sociedade Brasileira de Diabetes. A recomendação inicial da Conitec foi de não incorporação do sistema com a justificativa de que existem incertezas em relação à análise econômica.
Por isso, é fundamental a participação de toda a comunidade na Consulta Pública nº 69 até o dia 29 de outubro. Mas lembre-se: antes de deixar a sua contribuição, clique aqui para ler o Relatório para a Sociedade, se você for paciente, familiar, amigo ou associação de assistência, ou clique aqui para ler o Relatório Técnico, caso você seja profissional da saúde ou Sociedade Médica.
Sobre o Diabetes Mellitus
O Diabetes Mellitus (DM) é um transtorno crônico, causado por uma deficiência na produção ou na ação da insulina, hormônio que é responsável pela regulação da quantidade de glicose no sangue. Essa situação causa a hiperglicemia, ou seja, o aumento da concentração de glicose no sangue.
O Diabetes Mellitus pode ser classificado em tipo 1 e tipo 2, entre outros. O tipo 1, na maioria dos casos, é uma doença autoimune onde acontece a destruição de células que produzem a insulina, manifestando-se principalmente na infância ou adolescência. Já o Diabetes Mellitus tipo 2 ocorre por conta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, aparecendo geralmente a partir dos 40 anos.
Diabetes relacionado à fibrose cística
O diabetes relacionado à fibrose cística (DRFC) pode ser causado pelo uso de medicamentos, em especial os corticoides, para o tratamento de infecções respiratórias. Esse uso faz com que a insulina não consiga abrir a célula para a entrada da glicose, resultando no DRFC.
Além disso, assim como a fibrose cística pode causar o acúmulo de muco espesso no pulmão, o acúmulo desse muco no pâncreas também pode acontecer, causando desnutrição e, consequentemente, a diminuição na produção de insulina, o que leva ao DRFC.
Para saber mais sobre os sintomas, formas de diagnóstico e tratamento do diabetes relacionado à fibrose cística, clique aqui e leia nosso texto completo sobre o tema.
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Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.