Pesquisadores do Reino Unido descobrem melhoras no prognóstico de pessoas com FC
Instituto Unidos pela Vida - 30/03/2015 02:45É hora de celebrar mais aniversários! Pessoas com Fibrose Cística (FC), uma doença rara que atinge menos de 200 mil pessoas ao redor do mundo, são esperados a viverem mais do que a média hoje registrada. Um estudo realizado pela Queen’s University Belfast, do Reino Unido, prevê um aumento próximo a 80% no ano de 2025 no número de pacientes adultos com FC. “A estimativa que realizamos mostrou um resultado positivo em relação ao aumento da estimativa de vida em pacientes com FC.” comentou o Dr. Stuart Elborn, reitor da Escola de Medicina, Odontologia e Ciências Biomédicas.
A pesquisa “Futuros rumos na Fibrose Cística Demograficamente em 34 Países Europeus”, que foi publicada no European Respiratory Journal, foi o primeiro estudo a prever o número de pacientes adultos com FC para o ano de 2025. Pesquisadores na universidade e seus colaboradores analisaram informações recebidas por uma sociedade europeia que registra dados de pacientes com FC, com um foco específico em cidades que tenham um grande número de casos. Com essa informação, o time compilou um modelo que indicou um aumento de 50% na população de pessoas que vivem com FC. Isso representou um aumento de 20% e 75% em crianças e adultos, respectivamente.
Tudo isso é graças a melhoria de tratamentos nas últimas três décadas. Anteriormente, crianças tinham uma baixa expectativa de vida, mas várias estão agora vivendo a fase adulta com uma média aproximada de 40 anos de idade. Na próxima década, 75% a mais de pacientes são esperados a sobreviverem até a vida adulta.
Embora essa seja uma excelente notícia para pacientes com FC e para comunidades de pesquisa dedicadas a doença, alguns experts estão preocupados em relação a preparação de instituições que tratam pacientes com FC. “Estamos preocupados que há um número insuficiente de centro de especialistas que fornecem os melhores cuidados a adultos com FC.” Comentou o Dr. Stuart. “É crucial que tenhamos registros destas previsões iniciais – as quais são conservadores por natureza e é provável que os números reais serão maiores – para adaptar o Sistema Nacional de Saúde para essa mudança.”
Uma vez que vários centros são focados nos cuidados pediátricos da FC, adultos podem acabar recebendo pouco cuidado. “Embora essa seja uma boa notícia de um certo ponto, esses números representam um grande desafio para os profissionais de saúde, pois terão que desenvolver uma forma rápida e eficaz para atender uma nova demanda.” comenta o Dr. Patrick Johnston, também da Queen’s University Belfast.
Felizmente, a Queen’s University Belfast está preparada para enfrentar os desafios dos avanços de conhecimento no campo de Fibrose Cística, para assim poder contribuir no aumento de número de pessoas adultas que vivem com a doença. De acordo com o Dr. Patrick, a universidade recentemente esteve entre as 10 melhores instituições do Reino Unido que tem como foco pesquisas, baseada num relatório divulgado em 2014 pela Research Excellence Framework. “O estudo é, ainda, um outro exemplo de como os pesquisadores da universidade estão continuadamente avançando conhecimentos e mudando vidas.”
Texto original aqui
Traduzido por Leandro Martins: Graduado em Recursos Humanos pela Faculdade Tecnológica OPET, atuou como professor de inglês, e é estagiário de Projetos e Relações Internacionais no Instituto Unidos pela Vida, também colaborando com a tradução de textos técnicos para publicação em nosso site.
Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.