Sete técnicas de desobstrução das vias aéreas
Instituto Unidos pela Vida - 20/12/2016 07:30Nota importante: As informações deste texto têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com sua equipe multidisciplinar, eles poderão esclarecer todas as suas perguntas!
Por Wendy Henderson, via Cystic Fibrosis News Today, traduzido por Vera Carvalho, com validações da Fisioterapeuta Augusta Stofella.
De acordo com a Cystic Fibrosis Foundation (Fundação Americana de Fibrose Cística), existem sete principais técnicas de desobstrução das vias aéreas para pessoas com fibrose cística. A desobstrução das vias aéreas é necessária para que seja possível expelir o muco dos pulmões e assim evitar infecções e melhorar a função pulmonar. Contudo, cada pessoa com Fibrose Cística deverá ter acompanhamento médico e com um fisioterapeuta especialista para identificar qual a sua necessidade de acordo com a sua condição clínica e quais as melhores técnicas.
Tosse e expiração forçada
A tosse é uma das técnicas de desobstrução das vias aéreas mais fáceis e ajuda a liberar o muco que pode ser depositado em um lenço de papel e depois eliminado. A expiração forçada é semelhante à tosse, embora não tão vigorosa, e é útil se o paciente estiver cansado de tossir.
Ciclo Ativo da Respiração (CAR)
O CAR utiliza diferentes técnicas respiratórias que podem ser adaptadas para suprir as necessidades do paciente. O ciclo ativo da respiração funciona ao obter ar por trás do muco e forçá-lo a sair, ele inclui respiração controlada, exercícios de expansão torácica e expiração forçada – que geralmente consistem em expirações forçadas de comprimentos variados e respiração controlada.
Drenagem Autógena (DA)
A drenagem autógena ajuda a mover o muco das vias aéreas menores para as maiores. A drenagem acontece por meio da variação das velocidades de respiração em diferentes níveis e ajustando a respiração exalada. Uma vez que a prática leva ao aperfeiçoamento da técnica, a DA geralmente não é recomendada a crianças com menos de oito anos de idade.
Fisioterapia convencional (CPT)
A fisioterapia convencional, também é conhecida como Drenagem Postural e Percussão (PDP) e requer que os pacientes fiquem em posições diferentes para que o muco possa ser drenado da região periférica para a região central dos pulmões. São realizadas percussões torácicas – na qual o peito recebe batidinhas e é vibrado para ajudar a mover o muco.
Compressão torácica de alta frequência
Um colete vibratório inflável ajuda a soltar e mover o muco para as vias aéreas maiores. O colete é utilizado em conjunto com a expiração forçada para liberar o muco.
Pressão Positiva Expiratória (EPAP) Pressão Expiratória Positiva (PEP)
Essa forma de terapia é utilizada para ajudar a abrir as vias aéreas periféricas com pressão positiva. O tratamento com PEP utiliza um bocal, ou máscara, anexo a um resistor e o paciente é instruído a inspirar normalmente e expirar com mais força que normalmente faria, ajudando a expectorar o muco.
Oscilação Oral de Alta Frequência (OOAF) Pressão Expiratória Positiva Oscilante (PEPO)
Um tratamento no qual os pacientes expiram completamente o ar dos pulmões através de um dispositivo PEP oscilante, que vibra tanto as vias aéreas maiores quanto as menores. O procedimento é repetido várias vezes, e em seguida os pacientes tossem ou expiram forçadamente para expelir o muco.
Fonte: http://cysticfibrosisnewstoday.com/social-clips/2016/10/21/seven-airway-clearance-techniques
Traduzido por Vera Carvalho: Voluntária de Tradução de Textos do Instituto Unidos pela Vida. Vera tem formação em história social com mestrado voltado ao abandono de crianças. Foi gerente de informação na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, onde recebeu as primeiras demandas por traduções de textos acadêmicos e científicos. A tradução tornou-se a sua principal atividade profissional há treze anos.
Validado por Augusta Stofella (CREFITO 50756): Fisioterapeuta da PHYSIO HEALTH – Serviços de Fisioterapia; do Programa Saúde em Casa – Hospital do Idoso Zilda Arns – (FEAES); do Ambulatório de Espirometria – Hospital do Idoso Zilda Arns e da Associação de Assistência à Mucoviscidose no PR (AAMPR – ABRAM).