3 informações que você precisa saber sobre a notificação de efeitos adversos causados por medicamentos

Comunicação IUPV - 30/09/2024 10:17
notificação de efeitos adversos

A utilização de medicamentos pode fazer parte da rotina de tratamento de pessoas diagnosticadas com doenças raras e respiratórias, mas o que fazer ao notar que ele pode estar causando um efeito adverso? Confira abaixo 3 informações importantes sobre o tema que você precisa saber.

Efeito adverso x efeito colateral

Embora muitas vezes sejam confundidos, efeito adverso e efeito colateral têm significados distintos. Segundo a Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE), o termo efeito adverso está relacionado à reação adversa ao medicamento (RAM), um conceito bem estabelecido na farmacovigilância. A RAM é definida pela Resolução (RDC) nº 140, de 29 de maio de 2003, como qualquer resposta prejudicial e não intencional a um medicamento, que ocorre nas doses normais usadas em seres humanos para prevenção, diagnóstico, tratamento de doenças ou modificação de funções fisiológicas.

Já o efeito colateral, de acordo com a SBFTE, refere-se a um efeito que é diferente do esperado após o uso terapêutico do medicamento. Esse efeito pode ser benéfico, neutro ou indiferente e não necessariamente prejudicial. De acordo com o Centro de Estudos de Medicamentos (Cemed) da UFMG, o termo “efeito colateral” é frequentemente usado de maneira inadequada. A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA), inclusive, considera o termo ultrapassado e recomenda que ele não seja mais utilizado.

Busque ajuda médica

Ao notar um efeito adverso após a utilização de qualquer medicamento, é importante que ele seja relatado para o profissional da saúde ou equipe médica que realiza o acompanhamento da pessoa que fez uso do item. Dessa forma, será possível identificar se o efeito realmente foi causado por aquele medicamento e receber as recomendações corretas e específicas para o cuidado desse caso específico.

Notifique o evento adverso

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a notificação de um efeito adverso associado a um medicamento ou vacina torna possível a identificação de novos riscos e a atualização do perfil de segurança do produto em questão. Para a Agência, essa atitude é capaz de preservar a saúde de milhares de pessoas. 

Para realizar a notificação não é preciso ser profissional de saúde. Qualquer cidadão pode fazê-la por meio de um sistema eletrônico chamado VigiMed. Ele foi lançado em dezembro de 2018 e é específico para o relato de casos de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos e vacinas. Clique aqui para saber mais.

Além disso, também é possível relatar o efeito adverso para a própria indústria fabricante do medicamento. O contato específico da empresa para essa notificação, na maioria dos casos, pode ser encontrado na própria bula e pode ser também facilmente encontrado na internet, nos canais oficiais da organização.

Ao identificar um efeito adverso, o trabalho conjunto entre pacientes e profissionais de saúde pode fazer toda a diferença. Conhecer mais sobre esse tema é um passo fundamental para uma utilização mais segura e eficaz dos medicamentos, transformando o tratamento em um ato mais responsável e informado. Mas se mesmo com essas informações, você segue com dúvidas, entre em contato com a sua equipe médica.

Por Kamila Vintureli

Referências:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2003/rdc0140_29_05_2003.html

https://sbfte.org.br/wp-content/uploads/2017/05/2.Efeitosadeverso-efeitocolateral-Setembro2013.pdf

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/como-notificar-eventos-adversos-a-medicamentosevacinas#:~:text=Qualquer%20cidad%C3%A3o%20pode%20realizar%20a,uso%20de%20medicamentos%20e%20vacinas

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Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.

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