Saiba o que será preciso fazer para acessar o Trikafta® e demais tecnologias do PCDT de fibrose cística quando disponíveis

Comunicação IUPV - 02/05/2024 11:59
Saiba o que será preciso fazer para acessar o Trikafta® e demais tecnologias do PCDT de fibrose cística quando disponíveis

O elexacaftor/tezacaftor/ivacaftor (Trikafta®) começará a ser dispensado no Sistema Único de Saúde (SUS) para as pessoas elegíveis e com prescrição médica para o uso. A incorporação desse medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das principais atualizações do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Fibrose Cística (PCDT), que foi publicado em 2 de maio. Com a publicação, o que os pacientes e familiares podem fazer? 

Afinal, quem é elegível para o Trikafta®?

Antes de tudo, é preciso relembrar que a incorporação no SUS do Trikafta® foi realizada para o tratamento de pessoas com fibrose cística  acima de 6 anos e que tenham pelo menos uma cópia da mutação F508del no gene CFTR. Além disso, a pessoa com fibrose cística também deve receber prescrição médica para o uso do medicamento. 

E onde ele será disponibilizado? 

O Trikafta® está na lista de medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), por isso, sua aquisição é centralizada pelo Ministério da Saúde. 

Isso significa que, via de regra, este medicamento será disponibilizado através das farmácias que dispensam os medicamentos do Componente Especializado do estado em que você reside, assim como os outros medicamentos do componente especializado que você já faz uso no tratamento para fibrose cística. Estes medicamentos só são dispensados aos pacientes que têm indicação médica de uso, e que apresentem todos os documentos solicitados.

Qual é a documentação necessária?

De acordo com o Ministério da Saúde, a pessoa com fibrose cística que tem indicação e prescrição médica para uso de um medicamento do componente especializado deverá apresentar:

  • LME, que é o Laudo de Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica; 
  • Prescrição médica para o tratamento; 
  • Cópia do documento de identificação do paciente e do comprovante de residência;
  • Cópia dos exames e documentos que estão dispostos no novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), como por exemplo o laudo que comprove qual a mutação genética do paciente, para uso de um modulador específico e que seja indicado somente para este público.

Existe diferenças de documentação entre os estados?

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, é possível que, em algumas regiões, outros documentos específicos, além dos que foram citados acima, sejam solicitados. Isso poderá variar de estado para estado, por isso, caso tenha dúvidas, você também pode entrar em contato com a associação de assistência à fibrose cística do seu estado, Secretaria de Saúde ou Centro de Referência para mais informações específicas da sua localidade (confira a lista de centros aqui).

Clicando aqui você confere a lista completa com todas as associações do país que auxiliam pessoas com fibrose cística e familiares. Além disso, o Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística seguirá atualizando este e outros materiais com as orientações sobre como ter acesso ao Trikafta® e todos os demais tratamentos para fibrose cística disponíveis no SUS.

Conheça as orientações de utilização do Trikafta®

Em parceria com a equipe do Centro de Atendimento ao Adulto com Fibrose Cística do Complexo Hospital de Clínicas  da Universidade Federal do Paraná (UFPR) o Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística lançou a cartilha “Moduladores de CFTR: início de tratamento – Orientações às pessoas com fibrose cística”.

O material pode ser baixado gratuitamente em materiais.unidospelavida.org.br/moduladores e traz informações importantes sobre os moduladores de CFTR, com foco principal na associação elexacaftor/tezacaftor/ivacaftor. Ela é direcionada especialmente à pessoas com fibrose cística, familiares, associações e demais pessoas que possam participar do processo de uso da medicação.

Caso siga com dúvidas, entre em contato com o Instituto Unidos pela Vida pelo e-mail contato@unidospelavida.org.br ou pelo telefone (41) 99636-9493. 

Por Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira, Gabriel Johnson e Kamila Vintureli

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Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.

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