Minha vida e cuidados após o diagnóstico do Diabetes Relacionado à Fibrose Cística | Por Lucas Rocha

Por Lucas Rocha, diagnosticado com fibrose cística e transplantado pulmonar

É possível que pessoas diagnosticadas com fibrose cística tenham Diabetes Relacionado à Fibrose Cística (DRFC). O meu diagnóstico para essa condição aconteceu quando eu tinha 21 anos, e desde então eu passei a fazer o acompanhamento com endocrinologista.

Já são sete anos desde que recebi a notícia do DRFC, e posso dizer que conviver com esse diagnóstico é um verdadeiro desafio. A diabetes é silenciosa, e quando não controlada adequadamente, pode trazer riscos para a saúde, além de fazer com que a gente fique mais propenso a infecções por novas bactérias.

No meu caso, para o tratamento do Diabetes Relacionada à Fibrose Cística, o uso correto da insulina é fundamental e me permite ter mais qualidade de vida. Além disso, medir a glicemia com frequência para a administração correta da insulina é uma questão que traz resultados positivos a longo prazo.

Muitas vezes é difícil aceitar o diagnóstico para a DRFC. Falo isso por experiência própria, mas como diz o ditado, “tapar o sol com a peneira” não ajuda nem um pouco. Tratar o Diabetes Relacionado à Fibrose Cística de maneira precoce é essencial para quem tem fibrose cística. E você, que assim como eu, também tem a doença: está se cuidando?

Sobre o Diabetes relacionado à Fibrose Cística

De acordo com o Manual de Orientação sobre DRFC, lançado pelo Centro Especializado de Referência em Fibrose Cística do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2019, assim como a fibrose cística pode causar  o acúmulo de muco espesso no pulmão, o acúmulo desse muco no pâncreas também pode acontecer, causando desnutrição e, consequentemente, a diminuição na produção de insulina.

Outro aspecto que pode causar o diabetes relacionado à fibrose cística é o uso de medicamentos, em especial os corticoides, para o tratamento de infecções respiratórias. Esse uso faz com que a insulina não consiga abrir a célula para a entrada da glicose, resultando no DRFC.

Para saber mais sobre o tema, acesse unidospelavida.org.br/diabetesrelacionadofc. 

Referências:

https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2019/anexo/manual_drfc_1aed_2019.pdf

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Nota importante: As informações aqui contidas têm cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico.